sexta-feira, 15 de maio de 2020

Hidrovia do Rio Paraná começa a retomar à normalidade


         Um colapso no principal canal de navegação do quilômetro 390 do rio Paraná interrompeu a circulação comercial de navios. Isso forçou a concessionária a começar a operar as dragas "Alvar Núñez Cabeza de Vaca" e "Manzanillo", razão pela qual, na segunda-feira, 11 de maio, a navegação começou a retomar a operação normal, informou a La Capital.
         Embora se deva notar que ainda existem navios que excedem o calado, eles não poderão continuar sua jornada até que a draga "Manzanillo", que continua com o trabalho no quilômetro 402, regularize a profundidade do canal. O gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas, Guillermo Wade, disse que "tudo isso é muito mutável devido à natureza do leito do rio Paraná, mas estimamos que em menos de dois dias o problema possa ser resolvido", estima Wade.
         O acidente ocorre durante a calha histórica sofrida pelo canal de água, que já havia gerado complicações. A empresa Hidrovía SA informou em comunicado que "esse evento causado por causas naturais e que pode ocorrer com algum grau de frequência, nessa ocasião causou maiores preocupações e complicações, devido ao contexto de downspout histórico em que o rio Paraná já está localizado. por várias semanas ".
         Com a calha do rio e o colapso, os navios devem diminuir suas cargas para poder atravessar a hidrovia. Um navio carrega rotineiramente 50.000 toneladas de grãos, mas hoje perde cerca de 11.000 toneladas por carga, cerca de 24% a menos do que os registros habituais durante este período do ano.
         Nesse contexto, a Usina de Itaipú, no Brasil, anunciou que a partir de segunda-feira, 18 de maio, abrirá seu aterro, inicialmente por 12 dias, para ajudar o Paraguai e a Argentina, países afetados pela seca, por apresentarem problemas para transportar sua colheita de grãos. Abaixo do ponto em que a usina está localizada, o rio Paraná é muito baixo, dificultando o transporte de carga por essa rota. A decisão foi tomada pelos ministérios das Relações Exteriores do Brasil e do Paraguai, mas também beneficiará a Argentina.


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