O Porto
de Santos tem novos arrendatários, que vão atuar de forma temporária. Brasil
Terminal Portuário (BTP), Santos Brasil e Set Port vão explorar três áreas no
cais do Saboó. Isto renderá cerca de R$ 1,2 milhão, por mês, aos cofres da
Autoridade Portuária de Santos, novo nome da Companhia Docas do Estado de São
Paulo, a Codesp.
Os contratos foram assinados nesta
semana. Eles integram o processo seletivo simplificado, aberto para ocupar
áreas no Saboó. Os terrenos são considerados nobres e estão sem uso desde que
foram devolvidos pelos antigos arrendatários, o Terminal Marítimo do Valongo e
a Rodrimar.
As três empresas poderão explorar as
áreas por 180 dias ou até que se concluam os respectivos processos licitatórios
para arrendamentos de longo prazo. Segundo a Autoridade Portuária, os cerca de
R$ 1,2 milhão mensais pagos pela utilização das áreas poderão representar até
R$ 7,2 milhões no período.
A primeira área, que será operada pela
BTP, tem 19 mil metros quadrados e será destinada à movimentação de carga geral
conteinerizada ou não. A empresa já conta com um terminal de contêineres no
Porto de Santos, na Alemoa.
Outra área, de 42 mil metros
quadrados, será dedicada à movimentação de celulose e veículos. O terminal será
explorado pela Santos Brasil, que administra o Tecon e do TEV na Margem
Esquerda (Guarujá).
Já o terceiro lote, com 21 mil metros
quadrados, será operado pela empresa Set Port para movimentação de granéis
sólidos e carga geral. É a única das três que ainda não exploram arrendamento
no cais santista.
Seis empresas competiram por ao menos
um dos três arrendamentos, com ofertas feitas no fim de outubro e início de
novembro. A seleção simplificada está prevista em resolução da Agência Nacional
de Transportes Aquaviários (Antaq) de 2016.
Para o diretor de Desenvolvimento de
Negócios e Regulação da Autoridade Portuária, Bruno Stupello, em um momento
desafiador da economia, é fundamental manter a produtividade. “A concessão
transitória de áreas no cais do Saboó soma-se aos leilões de dois novos
terminais de celulose marcados para agosto e às consultas públicas em andamento
para arrendamento de dois novos terminais para líquidos, um deles, o maior a ir
a leilão no País”.
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