sexta-feira, 8 de maio de 2020

Ministério e BNDES estudam novos modelos de gestão dos portos de Santos e São Sebastião


         O Ministério da Infraestrutura e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram contrato para a realização de estudos sobre novos modelos de gestão para o Porto de Santos e o Porto de São Sebastião (foto), os dois no estado de São Paulo. Segundo o ministério, os resultados dos estudos devem ser conhecidos no primeiro trimestre de 2021.
         “A busca de um modelo mais eficiente, flexível e que amplie o potencial de investimentos por meio de recursos privados para a gestão dos portos brasileiros é a próxima fronteira do setor. E o início dos estudos, sobretudo do Porto de Santos, que é responsável por 28% da corrente de comércio brasileira, é um marco definitivo nesse processo”, disse o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em nota divulgada no início da semana pelo ministério.
         Com a assinatura do contrato com o BNDES, o banco passa a ser o órgão responsável pelos estudos e pela modelagem da desestatização dos empreendimentos portuários, pelo suporte à realização das audiências públicas e pelo leilão, previsto para ocorrer em 2022. 
     Somente em 2019, no Porto de Santos, foram movimentadas 134 milhões de toneladas de mercadorias. A receita líquida somou R$ 967,8 milhões e lucro líquido, R$ 87,3 milhões. O porto recebe cerca de 4,8 mil navios por ano e possui 16 quilômetros de cais, 100 quilômetros de malha ferroviária interna, 20 quilômetros de acessos rodoviários internos e 55 quilômetros de dutovias. 
         O complexo portuário de São Sebastião movimentou, em 2019, 740,5 mil toneladas, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. Entre as principais cargas estão: graneis sólidos (94,2%), carga geral (3,5%) e granel líquido e gasoso (2,3%). Apesar do aumento no volume transportado, o prejuízo líquido acumulado do porto supera os R$ 43,5 milhões.

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