O
Ministério da Infraestrutura e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) assinaram contrato para a realização de estudos sobre novos
modelos de gestão para o Porto de Santos e o Porto de São Sebastião (foto), os dois no
estado de São Paulo. Segundo o ministério, os resultados dos estudos devem ser
conhecidos no primeiro trimestre de 2021.
“A busca de um modelo mais eficiente,
flexível e que amplie o potencial de investimentos por meio de recursos privados
para a gestão dos portos brasileiros é a próxima fronteira do setor. E o início
dos estudos, sobretudo do Porto de Santos, que é responsável por 28% da
corrente de comércio brasileira, é um marco definitivo nesse processo”, disse o
ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em nota divulgada no
início da semana pelo ministério.
Com a assinatura do contrato com o
BNDES, o banco passa a ser o órgão responsável pelos estudos e pela modelagem
da desestatização dos empreendimentos portuários, pelo suporte à realização das
audiências públicas e pelo leilão, previsto para ocorrer em 2022.
Somente em 2019, no Porto de Santos, foram
movimentadas 134 milhões de toneladas de mercadorias. A receita líquida somou
R$ 967,8 milhões e lucro líquido, R$ 87,3 milhões. O porto recebe cerca de 4,8
mil navios por ano e possui 16 quilômetros de cais, 100 quilômetros de malha
ferroviária interna, 20 quilômetros de acessos rodoviários internos e 55
quilômetros de dutovias.
O complexo portuário de São Sebastião
movimentou, em 2019, 740,5 mil toneladas, um aumento de 6,5% em relação ao ano
anterior. Entre as principais cargas estão: graneis sólidos (94,2%), carga
geral (3,5%) e granel líquido e gasoso (2,3%). Apesar do aumento no volume
transportado, o prejuízo líquido acumulado do porto supera os R$ 43,5 milhões.
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