A Superintendência do Porto de Itajaí, através de sua Gerência do
Meio Ambiente em atendimento às instalações portuárias e retroportuárias
alfandegadas, vem elaborando desde o ano passado, o Plano de Ajuda Mútua do Complexo Portuário de Itajaí (PAM-CPI) – documento
este que prevê a atuação de auxílio em situações de emergências nos
setores do Complexo Portuário caso a instalação não consiga ou tenha
mais recursos para atuar na emergência.
A criação do PAM-CPI segue os preceitos da Norma Regulamentadora de
Segurança e Saúde no Trabalho Portuário – NR 29, cuja normativa
estabelece as regras para atuar em emergências de incêndios, explosões,
vazamento de produtos perigosos, poluição ou acidente ambiental, queda
de trabalhadores ao mar/rio e ou socorro a acidentados.
Após uma série de reuniões, no mês de setembro de 2017, foi
finalizado e aprovado o Regimento Interno do Comitê de Ajuda Mútua, onde
estão estabelecidas as regras de funcionamento para implantação,
execução e manutenção do PAM-CPI. O próximo passo será a finalização do
Plano Operacional, que visa integrar os diversos PCE (Plano de Controle
de Emergências) para combates de incidentes e acidentes nas instalações
participantes.
O PAM é acionado caso o coordenador operacional da instalação em
emergência identifique que seus recursos e pessoal não tenham mais
capacidades de lidar com a situação, nisso, é feito o contato com o
coordenador do comitê do PAM-CPI, e imediatamente é informado sobre a
situação, e assim, solicita os recursos necessários para ação e local
exato do acidente.
Segundo Médelin Pitrez, gerente do Meio Ambiente e
atual coordenadora dos comitês do Plano de Ajuda Mútua e Área, as
emergências devem atingir níveis maiores mediante solicitação de ajuda,
“Os planos só podem ser acionados em casos de emergências de grande
porte, pois toda empresa, através de seu PEI (Plano de Emergência
Individual), deve estar munidos de recursos de apoio material, efetivo
pessoal, prática de treinamentos e ter uma base de brigadistas
disponíveis para ter capacidade de resposta e assim controlar uma
situação pequena de emergência, e quando for identificado essa
necessidade maior, aí sim o plano de ajuda é acionado”, destacou.
Após o encerramento da emergência, será realizado um relatório final
de ação, que deve constar o que foi utilizado, se foi danificado ou não,
ficando de responsabilidade da empresa ou instituição a devolução ou
ressarcimento do material usado. Uma avaliação sobre os pontos positivos
e negativos da ação também deverá ser efetuado, onde será identificado
quais dos procedimentos podem melhorar.
“Durante as reuniões, nós definimos um regimento interno, onde nele
solicitamos uma série de documentos mínimos que toda instalação deve
apresentar para estar apta a participar do Comitê de Ajuda Mútua. A
licença ambiental, PEC e Alvará dos Bombeiros são alguns deles. Isso é
para que a coordenação tenha a ciência que os recursos oferecidos são
seguros para uso e que a instalação está cumprindo a legislação,
mantendo o seu PCE vigente e atualizado. Caso isso não ocorra à
instituição interveniente é comunicada”, relata Priscila Brum de Camargo, estagiária da Gerência de Meio Ambiente do Porto de Itajaí.
A lista de materiais disponibilizados inclui: extintores de incêndio,
rolo de mantas absorvente, mangueiras, canhão monitor, cilindros de
oxigênio, máscaras, roupas de aproximação, capacetes, luvas, botas,
esguichos, freios para rappel, lanterna à prova de explosão,
recolhedores de óleo, veículos de apoio entre outros equipamentos.
Entre as empresas e instituições que formam o PAM-CPI são: Porto de
Itajaí, APM Terminals, Barra do Rio Terminal Portuário S/A, Brasfrigo
S/A, Braskarne, Conexão Marítima, ITAZEM S/A, Localfrio Itajaí CLIA,
Multilog, OGMO, Poly Terminais Portuários S.A, Portonave S/A – Terminais
Portuários de Navegantes, TEPORTI – Terminal Portuário de Itajaí,
Trocadeiro Portos e Logística Ltda. Todas elas devem seguir as normas e
licenças operacionais, garantindo o funcionamento dentro da lei e que
seus equipamentos oferecidos estejam dentro dos prazos de validade e
seguros para uso.
Em conjunto ao PAM, o Complexo Portuário de Itajaí, seguindo o Decreto Federal Nº 4.871, também desenvolve seu Plano de Área, que combate
à poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional com concentração
de portos organizados, instalações portuárias ou plataformas e suas
respectivas instalações de apoio, ou seja, atendendo somente
emergências de vazamento de óleo no Rio Itajaí-Açu e tendo supervisão
direta pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina, antiga
FATMA), ou em caso de emergências maiores o IBAMA ou o Ministério do
Meio Ambiente através do Plano de Contingência Nacional.
Além da criação do PAM-CPI e Plano de Área, o Complexo Portuário de
Itajaí realiza regularmente melhorias em segurança de trabalho de suas
áreas internas, com reforço de sinalização, medidas provisórias,
iluminação, e também efetua frequentemente simulações e treinamentos,
permitindo uma resposta mais rápida e com a melhor procedência em uma
situação de emergência.
A conclusão do plano de ações deve ser apresentada ainda no segundo
semestre deste ano, mas nada impede do seu acionamento em casos de
emergência como mencionado.
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