Mesmo após anunciar ajustes para ampliar a oferta de contratos de swap cambial,
que equivale à venda de dólares no mercado futuro (uma forma de evitar a
fuga de capitais do país), o Banco Central (BC) não conseguiu segurar
uma nova alta da moeda norte-americana no pregão desta segunda-feira
(14). O dólar comercial acabou fechando o dia cotado R$ 3,628, uma alta
de 0,73%. Trata-se do maior valor desde abril de 2016, quando a moeda
chegou a valer R$ 3,693.
Na máxima do dia, o dólar chegou a bater R$ 3,6405,
mas acabou recuando no fechamento para os R$ 3,628. O dólar turismo,
que é o que as pessoas compram quando fazem viagem internacional,
atingiu a cotação de R$ 3,78 ao fim do dia. De acordo com o professor de
macroeconomia do Ibmec-RJ e economista da Órama Investimentos,
Alexandre Espírito Santo, um dos motivos para o dólar estar em alta em
todo o mundo é a expectativa de elevação mais rápida do que o previsto
da taxa de juros dos Estados Unidos. A alta da taxa de juros americana
atrai dinheiro para economias avançadas, provocando a fuga de capitais
financeiros de países emergentes, como o Brasil.
Na última sexta-feira (11), após o fechamento do mercado, o BC
anunciou ajustes nas vendas de contratos de swap cambial, passando a
fazer leilões com vencimento em junho e antecipando operações
adicionais. Com as mudanças, o BC iniciou a oferta diária de rolagem
integral de 4.225 contratos, com vencimento em junho. Além disso, a
instituição também iniciou nesta segunda a oferta adicional de 5 mil
novos contratos ao longo do mês e não apenas ao final, como estava
previsto.
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