A Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) divulgou
nota no início da noite desta sexta-feira (25) pedindo o fim dos bloqueios de rodovias e a manutenção de
manifestações pacíficas. O comunicado foi uma reação ao pronunciamento do presidente
Michel Temer mais cedo, no qual informou que faria uso de forças
federais para desobstruir as vias interditadas pelo protesto dos
caminhoneiros.
“É lamentável saber que mesmo após tanto atraso, o presidente da
República preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças
de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria. Sendo
assim, nos resta pedir a todos os companheiros que desobstruam as
rodovias e respeitem o decreto presidencial”, disse a nota da entidade.
No texto, a associação afirmou que os caminhoneiros já mostraram sua
força e defendeu que a categoria siga mobilizada em defesa da retirada
do PIS/Cofins sobre o óleo diesel. A entidade também destaca que não
fechou acordo com o governo e critica o governo por ter demorado a dar
uma resposta às demandas apresentadas.
“A culpa do caos que o país se
encontra hoje é reflexo de uma manifestação tardia do presidente Michel
Temer, que esperou cinco dias de paralisações intensas da categoria.
Estamos desde outubro do ano passado na expectativa de sermos ouvidos
pelo governo. Emitimos novo alerta no dia 14 de maio, uma semana antes
de iniciarmos os protestos”, informou o comunicado.
A Abcam não aceitou o acordo fechado ontem entre
o governo federal e algumas entidades de representação de
caminhoneiros. A associação reiterou que só aceitaria o fim das
paralisações caso houvesse publicação pelo Diário Oficial da sanção
presidencial de uma lei garantindo a retirada da incidência de
PIS/Cofins sobre o diesel.
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