As exportações do agronegócio brasileiro somaram 96 bilhões de
dólares em 2017, com aumento de 13% em relação a 2016. Sem a exportação do agro
brasileiro, a balança comercial seria deficitária em 15 bilhões de dólares.
De 1997 a 2017, em 20 anos, o Brasil exportou 1,23 trilhões de
dólares, e o agronegócio foi o setor que mais contribuiu para a balança
comercial e para a economia brasileira. O agronegócio responde atualmente –
dados de abril de 2018 – por 44,8% das exportações totais do Brasil.
“Tudo isso é garantido pelo agronegócio brasileiro, que alcançou
superávit de 80 bilhões de dólares”, avalia Odilson Ribeiro e Silva, secretário
de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
“A SRI foi criada em 2005, e passados treze anos, até os dias de
hoje, tivemos o período de maior incremento das exportações brasileiras”,
explicou o secretário. “O nosso esforço foi realizado em conjunto com todas as
unidades do MAPA para que houvesse o melhor desempenho da nossa balança
comercial. O principal produto da nossa é soja em grãos. Somos o maior o maior
exportador de soja, mas temos planos de agregar ainda mais valor a este
produto.”
No ano passado houve aberturas importantes de novos mercados.
Carne suína para a África do Sul, produtos lácteos para a Malásia, material
genético para países da Ásia (como a Coréia do Sul), arroz para o Peru, peixes
para Israel e carne bovina para a Argentina.
“A nossa rede de adidos agrícolas tem uma atuação bastante
forte”, disse o secretário. A SRI investiu na ampliação do quadro de servidores
no exterior. Atualmente são 14 adidos agrícolas trabalhando em 41 países e
blocos econômicos na promoção de produtos, no crescimento e manutenção das
exportações. Até o final do ano serão mais 11 adidos, somando 25 profissionais
para cobrir 80 países e blocos econômicos. O Brasil exporta hoje para 189
países e a União Europeia.
“Procuramos agir em sintonia, evitando as dificuldades para
exportações do Brasil e verificando quais são os nichos de mercado em que
teríamos mais condições de vender. Trabalhamos também nas conferências das
partes de biodiversidade, de clima, mostrando o que o Brasil faz pela
conservação do meio ambiente do planeta.”
Na busca constante de novos mercados, Ribeiro e Silva trabalha
no Plano Estratégico da gestão do ministro Blairo Maggi, lançado há dois anos –
portaria MAPA 1734. A meta é alcançar 10% do mercado agro mundial, atualmente
estimado em 1,2 trilhões de dólares.
“Estamos preparando também um programa bastante ambicioso de
promoção do agro brasileiro, que deverá incluir, anexo aos produtos importados,
um código que levará o consumidor a um site na internet, no qual ele poderá
acompanhar o sistema de produção relacionado àquele produto”. Um dos objetivos do programa de rastreamento de produtos é o de
evidenciar a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.
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