Os auditores fiscais da Receita Federal anunciaram a intensificação da greve nos próximos 30 dias e provocaram calafrios em quem precisa liberar cargas e resolver pendências tributárias. A assessoria de comunicação do Sindifisco detalhou a estratégia: cada aduana optará por fazer operação padrão ou manter apenas 30% dos servidores, como exige a lei.
A justificativa é a falta de pagamento de bônus de eficiência para uma das categorias melhor remuneradas no serviço público federal. Rafael Pereira, sócio da BF Logistics Agenciamento de Transportes Internacionais, de Novo Hamburgo (RS), relata que tem importação parada em Guarulhos há 35 dias. O material caiu no canal vermelho, que não costuma levar mais de 14 dias para liberação.
O empresário também aponta que estão ocorrendo dificuldades imensas em portos de São Paulo, Paraná e Santa Catarina e nos aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo ele, a carga retida gera três custos: aluguel de contêineres, armazenagem na área e necessidade de comprar no Brasil, por valor maior, o material retido. Um cliente enfrenta prejuízo superior a 50% do valor da mercadoria parada há dois meses, lamentou.
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