Os caminhoneiros autônomos, pelo oitavo dia consecutivo, realizam nesta terça-feira, 29, protestos nos acessos ao Porto de Santos contra os preços dos combustíveis. A Polícia Militar e a Guarda Portuária acompanham o movimento, que não registrou até agora ocorrências ou necessidade de intervenção.
A situação afeta a entrada e saída de carretas no complexo santista. A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) informa que as operações de escoamento e recebimento de mercadorias nos terminais estão reduzidas a 30% do normal. Mas a estatal garante que os navios podem atracar e zarpar normalmente.
Os terminais estão racionando combustível para poder manter as operações internas. Já a ABFN (Associação Brasileira de Fornecedores de Navios) alerta para a falta de mantimentos para as 35 embarcações que estão atracadas no Porto.
Ontem, estivadores que trabalham no Porto de Santos, iniciaram uma mobilização em
apoio à greve dos caminhoneiros, que já dura oito dias na Baixada
Santista e Vale do Ribeira. Representantes dos sindicatos dos
Petroleiros, Gráficos, Trabalhadores da Construção Civil e Judiciários
se uniram à passeata, que percorreu diversas ruas de da cidade.
Segundo o Sindicato dos Estivadores (Sindestiva), mais de 60
entidades que representam trabalhadores de Santos deverão se solidarizar
à greve dos caminhoneiros e à paralisação dos estivadores. A mobilização começou na Rua dos Estivadores, onde localiza-se a sede do sindicato,
próximo ao Centro. Do local, os sindicalistas seguiram em passeata até a Alemoa, acesso à
Margem Direita do Porto de Santos, onde estão concentrados os
caminhoneiros autônomos em greve.
No Porto de Paranaguá, mais de 200 milhões de toneladas de grãos, principalmente soja, deixaram de ser embarcadas desde o início da paralisação dos caminhoneiros, que prejudica as operações no terminal paranaense. Pelo menos duas dezenas de navios, a maioria graneleiros, encontram-se parados no cais.
O Porto gaúcho de Rio Grande, nesta segunda-feira, ainda operava com os produtos que estavam nos armazéns e pátios, mas o fim dos estoques é iminente, impossibilitando a carga e descarga dos navios. Desde domingo, ocorrem protestos nas vias de acesso aos terminais especializados. No Tecon, funcionários são impedidos de entrar, ocasionando a suspensão das atividades, segundo a Superintendência do Porto.
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