A paralisação dos caminhoneiros pelo Brasil já dura três dias e
começa a afetar a realização de alguns serviços. A ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) decidiu interromper temporariamente os envios com dia e hora marcados, respectivamente,
Sedex 10, 12 e Hoje.
A estatal divulgou nota explicando que o protesto “tem gerado forte impacto
às operações” e prejudicado toda a logística brasileira. Além da
suspensão, o prazo de entrega do Sedex “padrão”, do PAC e de
correspondências será estendido em 5 dias úteis.
Segundo os Correios, a paralisação afeta principalmente os veículos
usados nas entregas, que estão lidando com a falta de combustível nos
postos. A empresa conta com mais de 25 mil veículos, 1.500 terrestres e
11 linhas aéreas em todo o país.
Mensalmente, são entregues cerca de meio bilhão de objetos postais, sendo 25 milhões de encomendas. “Os Correios estão acompanhando os índices operacionais de qualidade
de toda a cadeia logística e, tão logo a situação do tráfego nas
rodovias retorne à normalidade, a empresa reforçará os processos
operacionais para minimizar os impactos à população”, informou a empresa.
Iniciada na segunda-feira (21), a paralisação dos caminhoneiros
ocorre em resposta ao aumento no preço dos combustíveis. Desde 2016, a
Petrobras tem uma política de reajustes mais frequentes, quase diários,
que tem favorecido a alta. O governo não pretende mudar a estratégia de preços e analisa
eliminar a Cide, um tributo que incide sobre o diesel. No entanto,
segundo o Ministério da Fazenda, a decisão levaria a um corte de menos
de R$ 0,05 no litro dos combustíveis.
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