A construção de um segundo porto no estuário do rio Potengi, em
Natal, foi um dos projetos apresentados pelo Centro de Estratégias em
Recursos Naturais e Energia (Cerne) para solucionar os gargalos de
infraestrutura na principal área portuária do Rio Grande do Norte. O
estudo técnico foi mostrado durante o Ciclo de Debates do Conselho
Técnico Científico do Cerne nesta quinta-feira (17), na Escola de Ciência e Tecnologia da UFRN.
A proposta do Cerne prevê a implantação de um porto intermodal que seria
construído em uma área já degradada da margem esquerda do Potengi, hoje
ocupada por antigas salinas e viveiros de camarão desativados. De acordo com o projeto, não seria preciso desativar o atual porto –
que seria reconfigurado para usos específicos e especializado em
passageiros e cargas de alto valor agregado.
O projeto prevê a
instalação de um complexo portuário com 8,7 km², situado em uma área bem
mais acessível por terra e água, capaz de comportar os grandes navios
cargueiros. “Há necessidade de se conceber um novo terminal portuário de grande
escala para atender ao crescimento econômico projetado, e já reprimido,
da economia potiguar. Mas o nosso atual porto encontra-se confinado por
terra, como resultado da expansão urbana de Natal. Esta alternativa da
margem esquerda do Rio Potengi também representa desafios, mas inúmeras
outras vantagens para a cidade e para o Estado”, justifica o presidente
do Cerne, Jean-Paul Prates.
O presidente fez a apresentação detalhada do projeto
técnico com a presença, por vídeo conferência, do arquiteto italiano
Cláudio Catucci, especialista na concepção de soluções logísticas e
urbanas, e que colaborou com a elaboração da proposta. A apresentação do detalhamento técnico do projeto fez parte da programação do Ciclo de Debates, que está em sua segunda
edição.
O evento contou ainda com a participação de gestores e técnicos
da Companhia Docas do Rio Grande do Norte, do Instituto de
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e Federação das
Indústrias do RN (FIERN) que discutiram a logística e infraestrutura
portuária sob a ótica econômica, ambiental e industrial. O Ciclo de Debates teve o apoio da UFRN, IFRN, Sindicato das Empresas
do Setor Energético do Rio Grande do Norte (SEERN), Federação das
Indústrias do RN (FIERN), Conselho Regional de Economia e SEBRAE.
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