Caso
não ocorra novo aporte de capital por parte de seus controladores, um
calote ou reestruturação da dívida nos próximos 12 a 24 meses é uma
possibilidade real para a Gol, afirmou nesta quinta-feira a agência de
classificação de risco Fitch.
Segundo a agência, o risco ao
rating da empresa aérea é significativo dada a sua luta para cobrir
gastos com juros e a possibilidade de enfrentar uma margem negativa de
fluxo de caixa de cerca de 10%. "A capacidade da Gol de manter a
liquidez será crucial durante 2016", disse José Vertiz, diretor da Fitch
para a América Latina.
Para a Fitch, o principal risco à nota da
Gol é a deterioração da demanda, que deve sofrer pressão dado o
ambiente econômico no Brasil. Além disso, a agência afirma que a
desvalorização do real minimiza sua capacidade de se beneficiar dos
preços menores dos combustíveis, ao passo que os custos operacionais por
assento, excluindo as despesas com combustível, devem continuar a subir
em 2016.
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