As autoridades e operadores portuários do
Porto de Itajaí, depois de nove meses a contar da data da assinatura do contrato para a a realização de obras de expansão, finalmente tiveram boas notícias em dezembro do ano passado
com a assinatura da licença ambiental para início da primeira fase dos trabalhos. As melhorias são consideradas importantes para aumentar a competitividade
de Santa Catarina no comércio exterior brasileiro.
Custeada pelo governo
estadual, e com valor estimado em R$ 105 milhões, a obra possibilitará
ao Complexo portuário operar navios com até 335 metros de comprimento e
48 de boca. Atualmente, o porto limita-se a operar navios com o
comprimento máximo de 306 metros.
Segundo o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Junior, a obra é fundamental para a manutenção da região no mercado,
num momento em que os armadores estão otimizando seus serviços e
ampliando os tamanhos dos navios. “Itajaí e Navegantes movimentam cerca
de 1,1 milhão de teus por ano, o que nos coloca na segunda posição do
ranking nacional de movimentação de cargas conteinerizadas, atrás apenas
de Santos. Sem as obras essa condição estaria perdida”, explicou.
No dia 1° de dezembro, o governador Raimundo Colombo, juntamente com o
presidente da Fundação do Meio Ambiente, Alexandre Waltrick Rates,
entregaram a Licença Ambiental de Instalação – LAI da primeira fase da
obra de reestruturação do canal de navegação do Complexo Portuário do
Rio Itajaí-Açú.
O projeto envolve, em sua primeira fase, a retirada das guias correntes
em frente ao Saco da Fazenda, nas margens de Itajaí e Navegantes, e a
dragagem da nova bacia no local, com diâmetro de 530 metros e
profundidade de 13 metros. O volume estimado de pedras a ser removido é
de 463.140,39 metros cúbicos, com prazo para a conclusão de 18 meses.
A segunda fase é esperada para 2016/17, quando serão aplicados
investimentos de aproximadamente R$ 240 milhões pela Secretaria de
Portos da Presidência da República (SEP). Após a conclusão dessa segunda
fase, o Complexo poderá operar cargueiros de até 365 metros, o que
inclui a realocação do molhe norte, de modo a possibilitar a expansão do
canal para oferecer largura de 220 metros, ampliação da nova bacia de
evolução (no Saco da Fazenda) e dragagens na bacia e canais de acesso.
“A nova bacia de evolução possibilitará a entrada de embarcações mais
carregadas e maiores, que já estão circulando na costa brasileira. Hoje,
o Complexo Portuário movimenta 70% da corrente de comércio catarinense e
esta obra é mais do que necessária”, destacou Osmari de Castilho Ribas,
diretor-superintendente administrativo da Portonave S/A – Terminais
Portuários de Navegantes.
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