terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Complexo de Itajaí investe para atrair navios com até 335 metros de comprimento

         As autoridades e operadores portuários do Porto de Itajaí, depois de nove meses a contar da data da assinatura do contrato para a a realização de obras de expansão, finalmente tiveram boas notícias em dezembro do ano passado com a assinatura da licença ambiental para início da primeira fase dos trabalhos. As melhorias são consideradas importantes para aumentar a competitividade de Santa Catarina no comércio exterior brasileiro.
          Custeada pelo governo estadual, e com valor estimado em R$ 105 milhões, a obra possibilitará ao Complexo portuário operar navios com até 335 metros de comprimento e 48 de boca. Atualmente, o porto limita-se a operar navios com o comprimento máximo de 306 metros.
          Segundo o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Junior, a obra é fundamental para a manutenção da região no mercado, num momento em que os armadores estão otimizando seus serviços e ampliando os tamanhos dos navios. “Itajaí e Navegantes movimentam cerca de 1,1 milhão de teus por ano, o que nos coloca na segunda posição do ranking nacional de movimentação de cargas conteinerizadas, atrás apenas de Santos. Sem as obras essa condição estaria perdida”, explicou.
          No dia 1° de dezembro, o governador Raimundo Colombo, juntamente com o presidente da Fundação do Meio Ambiente, Alexandre Waltrick Rates, entregaram a Licença Ambiental de Instalação – LAI da primeira fase da obra de reestruturação do canal de navegação do Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açú.
          O projeto envolve, em sua primeira fase, a retirada das guias correntes em frente ao Saco da Fazenda, nas margens de Itajaí e Navegantes, e a dragagem da nova bacia no local, com diâmetro de 530 metros e profundidade de 13 metros. O volume estimado de pedras a ser removido é de 463.140,39 metros cúbicos, com prazo para a conclusão de 18 meses.
           A segunda fase é esperada para 2016/17, quando serão aplicados investimentos de aproximadamente R$ 240 milhões pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). Após a conclusão dessa segunda fase, o Complexo poderá operar cargueiros de até 365 metros, o que inclui a realocação do molhe norte, de modo a possibilitar a expansão do canal para oferecer largura de 220 metros, ampliação da nova bacia de evolução (no Saco da Fazenda) e dragagens na bacia e canais de acesso.
          “A nova bacia de evolução possibilitará a entrada de embarcações mais carregadas e maiores, que já estão circulando na costa brasileira. Hoje, o Complexo Portuário movimenta 70% da corrente de comércio catarinense e esta obra é mais do que necessária”, destacou Osmari de Castilho Ribas, diretor-superintendente administrativo da Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes.

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