O presidente do Sindicato Nacional das
Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Bruno Lima Rocha, disse que o ano de
2015 foi de poucas conquistas e de muito trabalho para o setor de apoio
marítimo. A diminuição do tamanho da Petrobras e de suas atividades
exploratórias, segundo ele, também reduziu o número de barcos
contratados. “O que vimos foi a redução de navios de bandeiras
estrangeiras. Já os de bandeira brasileira tiveram que renegociar seus
contratos com a Petrobras,”destacou.
Segundo ele, a cabotagem de granéis “andou de lado”, ou seja,
não cresceu porque essa atividade é ligada ao PIB, ou seja, quando
a economia diminui o ritmo, a cabotagem de granéis também cai. Porém
fez questão de frisar que a cabotagem de contêineres teve, em 2015, um
ano interessante porque conseguiu captar cargas do rodoviário, do
caminhão. “Tem um mercado enorme para ser captado,” salientou.
"Acho que o apoio marítimo vai andar de lado. Não se espera nenhuma
licitação de barco novo para a Petrobras. O marco regulatório do
petróleo não prevê maior presença de grandes empresas internacionais no
setor exploratório. O marco continua muito concentrado na Petrobras.
Além disso, o preço do barril também não ajuda nem à Petrobras e nem às
demais empresas. Então, se o apoio marítimo continuar e chegar ao final
do ano com o número de barcos que se tem hoje, já será uma grande
vitória", previu.
Já a cabotagem de contêineres, na sua avaliação, segue com boa perspectiva. "Ainda tem muita
carga no caminhão que deverá migrar para o navio. Dependerá muito da
competência das empresas de captar isso. Na de granel vai crescer
conforme o PIB, ou seja, não vai crescer", analisou Bruno Lima.
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