Os portos da Grécia paralisaram nesta quinta-feira (4) pela terceira
vez consecutiva em um ano que mal começou. Trabalhadores da estiva,
marinheiros e a tripulação dos rebocadores reuniram-se para iniciar uma
greve geral de alcance nacional que terá duração de 24 horas.
O sindicato dos marinheiros planeja ainda estender a ação por mais 24
horas, o que deve interromper as atividades em cinco portos, incluindo
Pireus, o maior porto e hub de contêineres da Grécia. Durante a paralisação, os navios estarão impedidos de atracar,
manobrar e até mesmo deixar os portos adeptos à greve,, de acordo com o
operador local da ISS (Inchcape Shipping Services).
A greve geral foi anunciada pelos sindicatos dos setores público e
privado, como protesto contra as mudanças programadas que afetariam os
direitos dos trabalhadores relativos a pensão, seguro e idade limite
para aposentadoria requerida pelos credores internacionais do país. A previsão de início das greves, de 24 ou 48 horas, está estabelecida
para as 6 da manhã do horário local, em 4 de fevereiro de 2016.
Em janeiro, os portos gregos já haviam passado por uma greve de 48
horas organizada pelos estivadores e tripulação de rebocadores. Na ocasião, esperava-se que os grevistas mantivessem as operações
pelo menos no segundo maior porto do país, de Thessaloniki, já que os
rebocadores do porto não haviam aderido às ações. Após o início da
paralisação, no entanto, Thessaloniki também parou, interrompendo as
atividades de navegação em todo o país por 24 horas.
As manifestações tiveram início dias depois de o governo grego
concordar em vender a sua participação de 67% na Autoridade Portuária de
Pireus ao grupo chinês Cosco por US$ 368,5 milhões, e anunciar a
preparação de editais para a venda do porto de Thessaloniki no decorrer
do ano.
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