quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Modern Logistics tem expectativa positiva em relação aos investimentos anunciados de R$ 8,5 bilhões nos aeroportos do Brasil




         O vice-presidente de marketing da Modern logistics, Adalberto Febeliano, manifestou expectativa positiva em relação aos investimentos de R$ 8,5 bilhões nos aeroportos brasileiros pelo novo pacote de concessões do governo. Ele destacou especialmente as licitações previstas para os terminais de Porto Alegre e de Salvador, nos quais considera que o tráfego de carga aérea poderá ser bastante favorecido pelos investimentos previstos. “Em Fortaleza também há um bom potencial a ser explorado, em nível um pouco inferior às duas primeiras cidades. Em Florianópolis, por outro lado, os investimentos estarão mais ligados ao atendimento das necessidades dos voos de passageiros, e a carga aérea irá se beneficiar somente na medida em que mais voos forem possíveis, em função do aumento de capacidade do terminal”, analisou.
          Nos demais aeroportos ele apontou projetos a vista também importantes, citando a construção de centros logísticos dentro dos sítios aeroportuários, que, segundo ele, tem um apelo especialmente forte para as mercadorias mais sensíveis do ponto de vista de segurança. O que nesse sentido, indica as novas tecnologias como ponto chave, pois tornam os voos mais simples, seguros e confiáveis, dando ainda mais flexibilidade ao transporte aéreo.
        Mas ressaltou que elencar todas elas, é inviável hoje ao escopo destas questões. "Estamos sempre focados na busca de mais eficiência pelo uso de tecnologia mais moderna, e talvez o melhor exemplo que a Modern tem a oferecer é a substituição de toda documentação técnica e de navegação, de porte obrigatório em todos os voos, por iPads. São cerca de 20 quilos a menos de papel, que todos os pilotos precisam carregar, e que serão substituídos por um simples tablet”, ponderou.
         Esses benefícios também ajudam quando o assunto é burocracia. “O que temos visto até o momento é, principalmente, a transferência da burocracia do papel para o computador – uma simplificação real dos procedimentos seria muito bem -vinda, antes de sua simples codificação em máquina”, criticou. O executivo, no entanto,  afirmou que há um vasto potencial a ser explorado dentro do universo dos OEAs (Operadores Econômicos Autorizados), que poderão ter acesso a facilidades extremamente comuns no exterior, como o despacho aduaneiro sobre águas, por exemplo. "É importante, . entretanto, que as autoridades estejam dispostas a simplificar os procedimentos para conquista desses benefícios, ampliando o universo das organizações agraciadas, estimulando cada vez mais as trocas e o comércio internacional, de importação e de exportação”, disse.
          Avaliado como um ano de reestruturação para a empresa - construção de profissionais, instalação dos sistemas de TI e treinamento dos usuários - 2015 foi um ano de “arrumar a casa”. “Nosso primeiro avião passou pelo processo de conversão de avião de passageiros para cargueiro e pela manutenção requerida para estar em conformidade com a legislação aeronáutica brasileira”, contou.
         A companhia, que já teve seu avião, um Boeing 737-400F, autorizado para decolar de Lakeland, nos Estados Unidos, e pousar em Campinas (Aeroporto de Viracopos),  que será um dos seus hubs, é o primeiro operador a voar com a aeronave depois da conversão em cargueiro, realizada na Pemco, nos EUA. Com capacidade para 20 toneladas, o Boeing será a primeira aeronave a integrar a frota própria da Modern Logistics que até 2020 prevê mais de 26 aeronaves cargueiras, entre Boeing 737 e ATR-72. Resultado de um investimento de US$ 75 milhões.s
          A conversão para cargueiro envolve a retirada dos assentos e dos bagageiros de teto, a troca do revestimento interno, o reforço do piso, a instalação de rodízios e roletes para manuseio da carga paletizada, o selamento das portas traseiras, o corte da fuselagem para instalação da porta de carga e a instalação de um forte anteparo de proteção para a cabine, capaz de resistir a desacelerações de até 9 vezes a aceleração da gravidade (9g). Abrange, ainda, outras medidas de menor monta, no sistema de detecção e combate ao fogo tanto dos bagageiros inferiores como do compartimento superior.
          Além da nova aeronave, a Modern apresenta diversas novidades para esse ano, entre elas o início das operações no final do primeiro trimestre do ano e a instalação de um Centro de Distribuição em Recife ainda no primeiro semestre. De acordo com Febeliano, a malha aérea chegará a Brasília e Rio de Janeiro, além de Manaus, Campinas, Salvador e Recife, e dependendo da evolução do mercado poderá alcançar ainda em 2016 as cidades de Curitiba e Porto Alegre. “O Aeroporto de Recife deverá ganhar um terminal de cargas próprio da Modern, e será iniciado o processo de certificação pela Anvisa do Centro de Distribuição de Manaus”.
           Ele adiantou ainda que está prevista a chegada de 3 aviões Boeing 737-400F até o final do ano – o primeiro já anunciado em janeiro – o segundo no início do segundo semestre e o terceiro entre setembro e outubro. “Em tempo para atender ao maior movimento do final do ano”, concluiu

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