quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Exportações gaúchas de móveis sofreram queda de 15,4% em 2015
O ano de 2015 não deixou saudades para as exportações gaúchas de móveis. Os indicadores que, mês a mês, registraram números pouco favoráveis no decorrer do ano, culminaram em uma queda de -15,4% acumulada no período, conforme dados do relatório anual divulgado pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), em conjunto com o Centro Gestor de Inovação (CGI Moveleiro) e a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A indústria moveleira do RS faturou US$ 183.515 milhões com as vendas internacionais em 2015, contra os US$ 216 milhões registrados no ano anterior. Os principais destinos das exportações foram países como Reino Unido, Peru e Paraguai. O mercado norte-americano aparece na quarta colocação, recuperando a relevância na pauta exportadora gaúcha e respondendo por 10,5% do total dos negócios.
Com esses resultados, o Estado perdeu a liderança no ranking que aponta a participação de cada Estado nas exportações moveleiras do Brasil. Os fabricantes gaúchos encerraram o balanço de 2015 na segunda colocação, respondendo por 30,50% das vendas para o mercado externo. Em primeiro lugar, ficou Santa Catarina, com participação de 34,32% e em terceiro o Paraná (13,74%), seguido por São Paulo (11,51%).
Além de amargar desempenho negativo, o Rio Grande do Sul viu suas exportações caírem além da média brasileira. No panorama nacional, a queda foi de -12,7%. De janeiro a dezembro de 2015, o Brasil exportou US$ 601.613 milhões. Em 2014 o valor chegou a US$ 689.482 milhões.
Fatores como a instabilidade político-econômica e a crise institucional pela qual passou o Brasil em 2015 ajudam a explicar a retração nos negócios internacionais. “A confiança do mercado global no Brasil, enquanto parceiro comercial, foi abalada. Esse cenário de incertezas aumenta o desafio para as indústrias moveleiras que atuam nessa modalidade de trade. É indispensável que elas sigam investindo na diferenciação e no valor agregado de seus produtos. Além disso, tecnologia e design são fundamentais para quem almeja oferecer produtos competitivos ao mercado”, avaliou o presidente da Movergs, Volnei Benini.
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