A capacidade anual de movimentação de
cargas no complexo portuário da Baía de Sepetiba, que inclui os portos
de Itaguaí e da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), poderá
passar de 200 para 410 milhões de toneladas com a duplicação do canal de
acesso marítimo e o aprofundamento de sua bacia de evolução.
A expectativa é do Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), que divulgou no dia 8 o estudo
“Necessidade de adequação do acesso marítimo ao complexo portuário da
Baía de Sepetiba”.
A entidade ressalta que o complexo está próximo de
atingir seu limite de movimentação de embarcações por conta das
estimativas de movimentação nos terminais, o início das operações do
Porto do Sudeste e a construção do porto da Gerdau. Além do Rio de
Janeiro, poderão ser impactados outros 23 estados e o Distrito Federal,
que realizam parte de seu comércio exterior pelo Porto de Itaguaí.
De acordo com o estudo, apesar de possuir um dos melhores calados do
Brasil, com até 17,8 metros, o canal principal do complexo possui apenas
200 metros de largura, o que faz com que a navegação seja
unidirecional, de mão única. Isso restringe a capacidade de acesso a
1.800 embarcações ao ano, metade da capacidade caso fosse de mão dupla.
Apesar disso, o estudo alerta que o projeto de dragagem da Secretaria
de Portos da Presidência da República não contempla a duplicação do
canal e o aprofundamento da bacia de evolução. Para a Firjan, a
duplicação do canal também é importante para a base naval de submarinos
convencionais e nucleares da Marinha do Brasil (Prosub), já que
garantirá mais segurança e facilidade de acesso à base e ao estaleiro.
A Federação considera que, caso incluídas no projeto
do governo federal, as obras evitarão a prematura saturação do complexo,
o cancelamento de investimentos e a perda de competitividade do estado
do Rio de Janeiro e do país.
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