Operadores
portuários buscam profissionais focados em segurança, produtividade e solução
de problemas por meio da tecnologia. É o que contam responsáveis pela área de
Recursos Humanos de terminais do Porto de Santos. Mas, além do conhecimento técnico,
é preciso ter uma boa dose de inteligência emocional.
“A gente contrata pelo técnico e
demite pelo comportamental. O cara pode saber tudo mas se ele não se comunica,
não interage, não trabalha em equipe e não compartilha o conhecimento, não vai
para frente. A inteligência emocional, o conviver, o aguentar pressão são
fundamentais”, afirma o diretor de assuntos corporativos da Brasil Terminal
Portuário (BTP), Joel Contente.
A mesma opinião tem a superintendente
de Gestão de Desempenho da VLI, Fernanda Quadros. Para ela, além de conhecer e
se encaixar nos valores da empresa, é preciso que o candidato faça os
treinamentos operacionais desenvolvidos pelo terminal. “A parte técnica
sempre vai ser um requisito, mas hoje, também é preciso ter outras habilidades,
como inovação, criatividade e capacidade de solucionar problemas”, destaca a
executiva.
Recentemente, a BTP realizou um
evento com o objetivo de encontrar soluções a serem usadas pelos trabalhadores
da instalação. A iniciativa inédita no cais santista, o Hackathon dos Portos, é
um exemplo de como a tecnologia e a inovação podem ser aliadas para garantir a
eficiência das operações portuárias.
“A gente tem outra iniciativa que é
um grupo de excelência operacional e melhoria contínua. São pessoas dedicadas a
estudar processos no detalhe, em medição de tempo, para colocar uma solução de
ganho de eficiência. O tempo todo nós temos que melhorar processos para
aumentar a produtividade”, explica Contente.
Se era raro ver mulheres atuando no
cais santista, hoje esta realidade é bem diferente. Segundo a superintendente
da VLI, a empresa investe na equidade para garantir as mesmas oportunidades
para homens e mulheres. Elas garantiram espaço, inclusive, nas áreas
operacionais. “Oferecemos treinamentos operacionais e os voltados a desenvolver
habilidades, que não encontramos no cotidiano”, detalha Fernanda.
No momento da contratação, os
especialistas em Recursos Humanos avaliam as experiências do candidato e a
formação. Já na fase de entrevistas e testes, são explorados o comportamento em
diferentes situações. Por isso, para Contente, é importante que o candidato se
esforce para alcançar essa etapa do processo.
Mas é preciso ter cuidado e muita
responsabilidade na hora de responder às perguntas dos selecionadores. “Seja
você mesmo, seja autêntico. Não adianta querer inventar alguma coisa para
passar na entrevista. Falar que sabe fazer o que não sabe é a pior coisa. Você
está barrando o seu futuro”, afirma o diretor do terminal de contêineres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário