segunda-feira, 29 de julho de 2019

Navios iranianos deixam Paranaguá depois de serem abastecidos pela Petrobras por decisão do STF


          O segundo navio iraniano MV Bavant, que ficou aguardando abastecimento no Porto de Paranaguá (PR), recebeu combustível e deveria zarpar neste domingo, 28, em direção ao Porto de Bandar Imam Khomeini, no Irã. Mas a manobra foi interrompida por falhas mecânicas provocadas pela falta de combustível por tempo prolongado, informaram técnicos, adiando a saída para o meio dia desta segunda-feira, 29.
     O Bavant está carregado com 48 mil toneladas de milho e recebeu 1,3 mil toneladas de combustível. O outro navio, também iraniano, o MV Termeh, deixou o porto paranaense no sábado, 27, e está recebendo carregamento de milho no Porto catarinense de Imbituba antes de rumar para o Irã.
          As duas embarcações estavam paradas há cerca de 50 dias em Paranaguá porque a Petrobras se negava a abastecer barcos de bandeira do Irã. A estimativa é que, juntos, os dois navios levem cerca de 100 mil toneladas de milho, avaliadas em mais de R$ 100 milhões.
          O governo iraniano está sob sanções aplicadas pelos Estados Unidos. A Petrobras temia violar a legislação norte-americana devido ao embargo e, assim, sofrer prejuízos. No entanto, na última quarta-feira (24), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou que a Petrobras abastecesse os navios.
          “A decisão do STF garantiu a conclusão de uma operação comercial de exportação de milho ao Irã por uma empresa brasileira não sujeita a sanções pelas autoridades americanas. O entendimento foi de que a Petrobras não poderia sofrer sanções por fornecer esse combustível aos dois navios, até porque está cumprindo uma decisão judicial”, afirmou Rodrigo Cotta, advogado do escritório Kincaid Mendes Vianna, que representa a empresa a Eleva, que fretou os navios para exportar milho.

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