As cargas
dos EUA para a China via Canal do Panamá caiu este ano, após o país asiático
cortar importações de alimentos e combustíveis americanos, de acordo com o CEO
da Autoridade do canal, Jorge Luis Quijano. Em meio à disputa, o Japão substituiu
a China como o segundo maior usuário do canal, enquanto os EUA continuam os
maiores clientes.
O presidente dos EUA, Donald Trump,
afirmou que a China não aumentou suas compras de produtos agrícolas americanos,
uma promessa que ele disse ter assegurado no mês passado em uma reunião com o
presidente Xi Jinping. A China está confiando mais em países como o Qatar e
Trinidad e Tobago, para o gás, e o Brasil para a soja, de acordo com Quijano.
"Esta é uma desvantagem maior
para os EUA, porque a China apenas compra os mesmos produtos em outros
lugares", disse ele. O canal prevê receita de US $ 3,2 bilhões neste ano
fiscal, um aumento de 2% em relação a 2018. Teria sido maior sem a disputa
comercial, que cortou o tráfego dos EUA para a China em cerca de oito milhões
de toneladas no atual ano fiscal iniciado em outubro. O tráfego através do
canal na rota mais importante, da costa leste dos EUA para a Ásia, foi de 78
milhões de toneladas no ano fiscal de 2018.
Apesar disso, a Moody's Investors
Service elevou este ano o rating de crédito do canal de A2 para A1, citando seu
forte desempenho financeiro desde a expansão e baixos níveis de endividamento. Quijano
disse que a disputa entre EUA e China pode custar mais dinheiro ao canal se as
tensões continuarem. Ao mesmo tempo, pode receber um impulso de novos terminais
de GNL programados para entrar em operação nos próximos meses nos estados
americanos da Geórgia e do Texas, o que ajudará a suprir a crescente demanda do
Japão e da Coréia do Sul, disse ele.
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