O Porto
de São Francisco do Sul, no Litoral Norte Catarinense, completou 64 anos de
atividade nesta semana consolidado como o maior em movimentação de
cargas em Santa Catarina e o 7º maior do Brasil. Em comemoração solene
realizada na cidade, autoridades lembraram a história do porto público e
destacaram os investimentos que estão previstos para manter sua competitividade
portuária.
A trajetória do porto remonta a
década de 1940, quando a União publicou decreto no dia 1º de março de 1941
outorgando a concessão ao Governo de Santa Catarina para a construção e
exploração de um porto na histórica São Francisco do Sul. Quatro anos depois,
em 1945, deu-se início as obras, concluídas dez anos mais tarde. Em 1º de julho
de 1955 inaugurou-se este que hoje é um dos símbolos do desenvolvimento
econômico no Norte de Santa Catarina.
Antes tendo a madeira e a erva mate
como os principais produtos exportados, hoje o Porto de São Francisco do Sul -
em operação junto ao Terminal Portuário de Santa Catarina (arrendado em 1996 e
operando desde 2001) - é o 3º maior mobilizador em granel sólido do Sul do
País. Exporta ainda produtos siderúrgicos; pasta de celulose e fertilizantes.
Em posição de destaque, é responsável
por 25,61% das cargas movimentadas pelos portos catarinenses, recebendo em
média 38,6 navios por mês, e com movimentação geral de cargas de 11,4 milhões
de toneladas em 2018. Atualmente, a unidade é administrada pela SCPar Porto de
São Francisco do Sul e operada pela Cidasc.
Para a cidade de São Francisco do Sul
e região a presença do terminal é ainda mais importante, conforme destaca o
diretor-presidente do SCPar Porto de São Francisco do Sul, João Batista
Furtado. — Hoje o porto é a mais expressiva joia de São Francisco do Sul e de
sua atividade cotidiana. Oferece forte impacto direto na economia local,
acreditamos que 70% da arrecadação municipal esteja ligada a atividade
portuária. O porto é motivo de orgulho e representa a maior fonte de renda e
postos de trabalho do município — exaltou Furtado na cerimônia. — São 64
anos e é preciso agradecer a cada trabalhador, a cada tonelada de carga e a
cada navio que por aqui passou e deixou uma contribuição para que o Porto de
São Francisco conquistasse posição de referência no Brasil e no exterior
— completou.
Porém, para manter forte a relação
econômica do porto com o Estado, João Batista afirma que há muito a ser feito.
Medidas a curto e médio prazo já estão sendo tomadas para que no futuro o
complexo portuário não se torne obsoleto e mantenha seu grau de
competitividade. O investimento mais próximo é o de manutenção dos atuais
shiploaders (são dois corredores de exportação, cada um com capacidade de
carregamento de 1500 ton/hora). Já foram aplicados R$ 21,3 milhões nas obras,
que devem ser concluídas em agosto. — Esse investimento vai oferecer nova
dinâmica nas operações de navio e transporte interno do Porto de São Francisco.
Entendemos que isso irá acrescer em 40% a logística das operações do cotidiano
portuário — avalia Furtado.
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