segunda-feira, 22 de julho de 2019

Organização Marítima Internacional condena ataques no Estreito de Ormuz e no Mar de Omán


          O Conselho da OMI (Organização Marítima Internacional) emitiu nota neste sábado, 20, condenando os ataques a embarcações no Estreito de Ormuz e no mar de Omán. A entidade manifestou preocupação com as vidas humanas com estas ações criminosas, a segurança da navegação e os prejuízos ao meio ambiente.
          A OMI reivindicou ainda a necessidade de que os países responsáveis pelas bandeiras de navios adotem medidas que respondam aos riscos crescentes oferecidos pelos ataques que vêm ocorrendo nestas regiões. O Conselho disse que é preciso criar mecanismos de proteção às embarcações para que possam operar no Estreito de Ormuz e no Mar de Omán.
          Em seu discurso, durante reunião do Conselho, o secretário-geral da OMI, Kitack Lim, declarou sua condenação pessoal aos ataques. Afirmou que “as ameaças aos navios e suas tripulações, que estão realizando seu trabalho pacificamente em qualquer parte do mundo, são intoleráveis”.
          Ele destacou que no dia 12 de maio os navios de bandeira da Arábia Saudita Amjad e Al Marzoqah, o cargueiro papeleiro norueguês Andrea Victory e a embarcação norte-americana Michel foram atacados em frente as costas próximas ao Emirato de Fujairah. “Os barcos sofreram danos que podem ser qualificados de sabotagem”, denunciou Lim.
          O dirigente lembrou ainda que em 13 de junho o navio de commodities das Ilhas Marshall Front Altair e o barco panamenho Kokuka Courageous foram igualmente atacados, sofrendo danos no casco e incêndio na casa de máquinas. As duas embarcações encontravazm-se no Mar de Omán, em frente ao Estreito de Ormuz, disse.
          A decisão do Conselho da OMI reconhece a importância estratégica das rotas de navegação através do Estreito de Ormuz e suas proximidades. Recomenda a todos os países que têm navios com suas bandeiras, os armadores e os operadores de navios da importância de implantar medidas de proteção apropriadas em seus barcos diante da situação crítica na região.
          “Peço a todos os Estados membros a redobrar seus esforços e trabalhar juntos para encontrar uma solução duradoura que garanta a segurança e a proetção do transporte marítimo internacional em todo o mundo, além da proteção do meio ambiente marinho”, pediu o secretário-geral. “Não podemos esquecer que nossa indústria (da navegação), e a gente que atua nela, são indispensáveis para o mundo”, ressaltou.
          O Convênio Internacional para a Segurança da Vida Humana no Mar (SOLAS) reconhece as medidas obrigatórias de proteção marítima da OMI.  Código Internacional para a proteção dos navios e das instalações portuárias (Código PBIP) determina a armadores e operadores de navios a implementação de medidas apropriadas para enfrentar os riscos em matéria de proteção correspondente a uma variedade de fatores operacionais, como a ubiquação e o destino da embarcação. Cabe destacar que o Conselho é o órgão executivo da OMI e é formado por representantes de 40 Estados Membros eleitos por assembléia da entidade.


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