sexta-feira, 19 de julho de 2019

Companhias do Paraguai com navios contratados por leasing não descartam passar a outras bandeiras


          Mais de 800 navios que operam no Paraguai foram contratados por meio de leasing e há companhias de navegação iniciaram processos de incorporação definitiva e com risco de abandonar a bandeira do país nos próximos dias. A informação foi dada pelo Paraguay Fluvial.
         É o caso da empresa Atria, que já começou a analisar a possibilidade de trocar de abandonar a bandeira paraguaia e migrar para a boliviana, o que poderia gerar a perda de mais de 300 postos de trabalho de forma direta, número que pode ficar ainda maior em função da migração de outras embarcações a outras bandeiras.
          Um dos aspectos que está por trás desta situação está relacionado com a falta de regulação no segmento. Por isso, o vice-ministro de Transporte do Paraguai, Pedro Britos, lidera uma mesa técnica formada por representantes de transportadores navais e estaleiros, do Ministério de Relações Exterior, da associação de engenheiros navais e de outras câmara de armadores.
         Neste contexto, já existe um rascunho do que será o decreto que regulará a incorporação de embarcações no Paraguai e em que pontos implicitamente estará definido que as empresas comprem os navios, a partir de um prazo mínimo de operações em estado de leasing comercial, caso contrário, que se retirem do país.
          Por sua parte, o diretor da companhia de navegação Interbarge, Diego Azqueta, disse que na Hidrovia Paraguay-Paraná são movimentadas mais de 25 milhões de toneladas de carga e os países devem assegurar ter uma logística eficiente e uma institucionalidade adequada para o desenvolvimento desta indústria.
          Azqueta adiantou que na região moram cerca de 70 milhões de pessoas que podem seguir gerando maiores volumes de carga. Por isso, é preciso trabalhar para otimizar a eficiência da logística para proporcionar a melhora dos custos do transporte das importações e exportações.
          Segundo ele, a indústria gera aproximadamente 7 mil postos de trabalho de foram direta, que poderia crescer em função da evolução de todo o sistema de terminais, embarcações e serviços que é o grande espectro que se deve analisar antes de entrar nas questões específicas.
          O diretor da Interbarge disse ainda que “o momento em que o Paraguai aumentou sua frota foi graças ao fato de que se tratava de carga cativa do próprio país. No entanto, hoje esta carga já não é mais apenas do Paraguai, vindo majoritariamente de outros países da região”.

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