Com a aprovação do calado de 12,5
metros pelas Autoridades Marítima e Portuária, e com a autorização de Operação
pelo Ibama, o novo berço de atracação da TCP (empresa que administra o Terminal
de Contêineres de Paranaguá), entrou em operação no último domingo, 30 de junho, com a atracação do navio Maersk
Londrina (229,90 metros). A liberação do berço 218, construído a partir das
obras de ampliação do Terminal, faz com que Paranaguá seja um dos primeiros
portos brasileiros a estar preparado para atender os maiores navios de comércio
exterior.
Juarez Moraes e Silva, diretor
Institucional da TCP, enfatiza que a homologação do novo calado operacional
leva em consideração as Normas de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de
Paranaguá e Antonina. “Isso significa que obedecemos a todas as condicionantes
operacionais nos capacitando a iniciar as operações da nova estrutura, e
integrando-a a estrutura já existente”, diz.
O executivo enfatiza que a liberação
foi possível graças ao alinhamento entre as autoridades e operadores
portuários. “É resultado de um trabalho de planejamento estratégico e
alinhamento entre todos os atores envolvidos. Como resultado a TCP e,
consequentemente, o Porto de Paranaguá, entregam ainda mais capacidade
operacional para os usuários e os armadores. Trata-se de um berço apto a
operar, se necessário, além de contêineres, também carga projeto, carga geral e
veículos”, ressalta.
O presidente da empresa pública
Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, enfatiza que a liberação do calado e a
entrada em operação do novo berço contribui para que o Porto e o Terminal
atendam as expectativas do mercado, o que deve movimentar a economia no Paraná.
“A ampliação do calado tem impacto direto na capacidade de embarque pelo
terminal e reduz os custos operacionais, garantindo maior competitividade no
mercado internacional. Com mais cargas movimentadas, temos mais negócios, mais
empregos gerados, mais renda e maior arrecadação de impostos.”
O capitão dos Portos do Paraná,
Capitão de Mar e Guerra Rogerio Antunes Machado, ressalta que processo de
equalização do calado contribui para a segurança da navegação na região. “A
equalização está condicionada a eficiência dos sinais náuticos das boias de
balizamento na área de manobras; a visibilidade mínima; e a manutenção das
restrições operacionais referentes aos canais internos e berços a serem operados.
Esperamos que com essas medidas possamos contribuir com o desenvolvimento do
Estado do Paraná ao tornar ainda mais atrativo o porto paranaense para as
operações portuárias.”
Renato Alves, membro da diretoria da
Praticagem de Paranaguá, diz que operar navios em novos berços é um desafio.
“Vemos com bons olhos o desenvolvimento a evolução do complexo portuário do
Paraná e nos colocamos de prontidão para realizar a tarefa de prover segurança
com qualidade no tráfego das embarcações que escalam o Porto”, diz.
“O calado para 12,5 metros eleva
imensamente o padrão do Berço 218 da TCP, é o máximo calado permitido no canal
de Paranaguá. Isso traz muita versatilidade no novo berço, podendo operar
qualquer tipo de navio, com máximo calado possível permitido”, finaliza.
Com a liberação do berço 218, o cais
passou de 879 metros para 1.099 metros de extensão, totalizando quatro berços.
“Isso significa que o Terminal oferece aos importadores e exportadores mais
flexibilidade em suas operações, permitindo que navios fora de janela tenham
ajustes no atraso, seguindo o cronograma de atracação em outros portos na costa
brasileira”, enfatiza Moraes e Silva que complementa que o terminal poderá
operar novos serviços que ainda não estão disponíveis em Paranaguá como os para
a Costa Leste e os de cabotagem.
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