A
Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) estuda a implementação do calado
dinâmico no Porto de Itaguaí com o objetivo de oferecer mais segurança de
navegação. A expectativa é de que com calado maior, haverá um ganho médio de
até 1 metro sobre o atual calado máximo de 17,80 metros, além de mais agilidade
no uso do canal de navegação na Baía de Sepetiba.
A empresa australiana OMC
International está realizando medições nas manobras do porto para permitir a
demonstração do sistema conhecido por DUKC (sigla do inglês Dynamic Underkeel
Clearance). Os estudos de viabilidade de adoção do sistema foram iniciados em
03 de julho e devem ser concluídos até o dia 20 de julho.
O DUKC é um sistema de monitoramento,
que analisa como os diversos fatores ambientais afetam o comportamento de cada
embarcação para calcular o calado operacional máximo em cada manobra. A
implantação do sistema assegura que as embarcações, mesmo sob condições
meteorológicas e oceanográficas adversas, irão manter uma profundidade segura
entre a quilha e o canal de navegação.
Uma série de variáveis são
consideradas tais como: tipo de navio, velocidade, marés, ventos, correntes,
ondas, salinidade, afundamento pela velocidade e o trajeto da embarcação no
canal. Todas essas informações e mais os dados de batimetria e características
do canal são processados em tempo real, gerando um modelo que permite
apresentar o calado máximo em cada situação, considerando o deslocamento vertical
do navio em movimento, sem o comprometimento da segurança da navegação.
Esse monitoramento facilita a tomada de
decisão quanto à entrada e saída de navios. O uso dessa tecnologia também traz
benefícios econômicos, pois permite otimizar a capacidade de carregamento nos
navios, reduz a sobrestada das embarcações no porto e maximiza a operação no
canal a partir do incremento das janelas de entradas e saídas.
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