O secretário-geral do Partido Comunista da China (PCCh) e presidente
do país, Xi Jinping, propôs nesta quarta-feira (18) continuar as reformas para que o
país seja uma economia moderna com maior presença das forças do mercado. O
objetivo das "taxas de juros e de câmbio de serem mais baseados no
mercado" foi um dos principais pontos financeiros de Xi em seu discurso
de abertura do XIX Congresso do PCCh.
Além disso, ele se mostrou a
favor de flexibilizar o acesso ao investimento estrangeiro, abrir os
mercados e fortalecer a proteção da propriedade intelectual, pontos que
foram expressados pelos principais parceiros econômicos da China, como a
União Europeia e os Estados Unidos.
Xi Jinping disse que "é
necessário" implementar em todos os setores um sistema de listas
negativas (que estipulam claramente áreas da economia vetadas no
exterior) no acesso ao mercado chinês, "respaldar o desenvolvimento das
empresas privadas" e ativar "os agentes do mercado". Ele
também destacou o objetivo de melhorar o sistema de supervisão e
controle financeiro para "evitar a aparição de riscos financeiros". Sobre
o setor das empresas estatais, Xi deseja continuar com o atual processo
de reformas (que ele chamou de "reorganização estratégica"), a fim de
desenvolver "empresas de classe mundial mundialmente competitivas".
Xi também considera abrir estas empresas ao capital privado,
observando que é necessário desenvolver companhias de "propriedade
mista" público-privado, embora não tenha falado sobre privatizações. O
líder comunista chinês reafirmou ainda o compromisso de realizar uma
profunda reforma tributária para dar origem a "um sistema fiscal
moderno", com uma clara divisão de competências e obrigações entre as
administrações centrais, provinciais e locais.
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