O Brasil poderá exportar carne bovina e suína com osso, além de
miúdos, para Singapura. O serviço veterinário de Singapura (Agri-Food &
Veterinary Authority of Singapore – AVA) comunicou ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre a abertura daquele mercado.
“A decisão mostra a confiança de Singapura no serviço sanitário brasileiro”,
disse o ministro Blairo Maggi (Agricultura), ao receber a informação na Rússia,
onde chefia missão brasileira para ampliar o comércio bilateral.
Segundo o ministro, a decisão reflete reconhecimento do esforço
dos técnicos do ministério e do setor produtivo para aperfeiçoamento dos
controles sanitários. A perspectiva é de que essa negociação aumente as vendas
de carnes para o país asiático em mais de US$ 100 milhões por ano (US$ 89
milhões apenas de cortes bovinos).
Até agora, Singapura comprava carne apenas do estado de Santa
Catarina, que tem o status de área livre de febre aftosa sem vacinação
reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel,
a abertura do mercado é mais um passo rumo à meta do Brasil de responder por
10% do comércio agropecuário mundial.
O diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques,
acrescentou que essa conquista foi baseada no avanço progressivo das zonas
livres de febre aftosa, graças aos esforços feitos nos últimos 50 anos para o
enfrentamento e erradicação dessa doença.
“Mas é preciso continuar investindo para o Brasil ser
considerado pela OIE livre de aftosa sem vacinação a partir de 2023, conforme
prevê o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa”,
ressaltou Marques.
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