O Porto de Santos, responsável por mais de um quarto da balança comercial brasileira, desempenha papel estratégico na economia do País. É o
principal ponto de entrada e saída de cargas industrializadas,
movimentadas tradicionalmente em contêineres. E também se destaca no
agronegócio, liderando tanto as importações de insumos para a produção
de fertilizantes como na exportação de produtos agrícolas e carnes.
Entre as cargas mais associadas ao cais santista, está o suco de
laranja. Produzido principalmente em São Paulo, o produto é embarcado
por terminais especializados no Porto. Segundo dados do setor, 95% do
suco embarcado pelo Brasil passa pela região. De cada cinco copos da
bebida consumidos no planeta, três vieram do cais santista.
O complexo também lidera os embarques de café em grãos, movimentados
em contêineres (para proteger a commodity de chuvas e também garantir
sua segurança, devido a seu alto valor). Tradicionalmente, Santos
responde por 70% ou até 80% dos embarques no País.
Outras cargas em que o cais santista sai na frente são o açúcar
(produzido principalmente pelas usinas paulistas) e a soja (vindo, em
sua maioria, das fazendas do Centro-Oeste), que são responsáveis pela
grande parte da tonelagem escoada pelos terminais da região.
Em relação ao total brasileiro, Santos responde por cerca de dois
terços dos embarques de açúcar – e como o País é o maior exportador da
commodity, com 50% das vendas externas, o cais santista acaba escoando
um terço dos carregamentos mundiais. Essas operações são realizadas em
terminais especializados na região de Outeirinhos, no Corredor de
Exportação (ambos na Margem Direita), em Vicente de Carvalho (Margem
Esquerda) e no Canal de Piaçaguera.
A soja também é movimentada em instalações do Corredor de Exportação,
no Canal de Piaçaguera e em Vicente de Carvalho. São embarcados tanto
os grãos como seu farelo (utilizado para ração animal).
O Porto ainda tem importância nacional nos embarques de milho (quase
50% dos carregamentos brasileiros), algodão (próximo de dois terços),
álcool etílico (cerca de 70%) e carne bovina (já chegou a mais de 80%) –
esta última, transportada em contêineres refrigerados
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