As exportações da indústria de transformação paulista somaram US$
43,9 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano, o que
significa aumento de 11,1% sobre igual período do ano passado. O
setor conseguiu escoar mais do que comprar mercadorias fora do país,
embora também tenha aumentado as importações, com volume de financeiro
de US$ 40,7 bilhões, o que significa um aumento 5,3%, superior aos
primeiros nove meses de 2016.
Os dados se referem à pesquisa do
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) e do
Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da
Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp),
coletada em 39 diretorias regionais do Ciesp. As empresas da
diretoria regional de São Paulo foram as que mais exportaram, com
destaque para açúcar e grãos, atingindo US$ 6,2 bilhões. A quantia, no
entanto, foi 6,4% inferior ao período de janeiro a setembro do ano
passado. Em relação às importações, houve avanço de 8,9% (US$ 7,6
bilhões) e as principais encomendas foram de combustíveis, máquinas e
materiais elétricos.
As indústrias da região de São José dos
Campos ocupam a segunda posição, com alta de 31% nas exportações e queda
de 42,1% nas importações, o que resultou no maior saldo comercial
dentre todas as regionais do estado, de US$ 4,3 bilhões. O saldo indicou
avanço de 191% sobre o registrado no mesmo período do ano passado.
As empresas das diretorias regionais de São Bernardo do Campo ficaram em quarto lugar no ranking
de exportação com alta de 25,8%, enquanto as importações tiveram
crescimento de 23,3%, efeito do desempenho de retomada do setor
automobilístico. Também houve destaque da corrente de comércio da região
de Campinas, a segunda maior, principalmente em relação ao crescimento
de 33,3% nas importações de máquinas e aparelhos elétricos.
Por
meio de nota, o diretor titular do Derex, Thomaz Zanotto, afirmou que os
dados mostram boa evolução do desempenho das empresas exportadoras.
Para ele, o aumento das importações, em especial de bens de capital e
insumos, “ é um indicador positivo de retomada gradual da atividade
econômica no estado e no país”.
Com base em registros do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o
Derex observou que ao longo dos primeiros nove meses, a balança
comercial brasileira atingiu superávit de US$ 53,3 bilhões, “saldo
recorde, superior inclusive ao total registrado em 2016”. As exportações
somaram US$ 164,6 bilhões com alta de 18,1% e as importações US$ 111,3
bilhões ou 7,9% mais do que no mesmo período do ano anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário