Um convênio firmado entre a Federação Nacional
dos Despachantes Aduaneiros (Feaduaneiros) e a Receita Federal do Brasil
prevê a qualificação da categoria em todo o País. No Porto de Santos, a
expectativa é de que os profissionais façam o curso de aperfeiçoamento e
cerca de 200 comissários de despacho se tornem Operadores Econômicos
Autorizados (OEAs), após uma prova aplicada pela Aduana.
O
convênio foi firmado no último dia 11, em Brasília, com a participação
do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. A partir de agora, a
Aduana e a Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros seguirão com
os trâmites para colocá-lo em prática.
De
acordo com o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de
Santos e Região (SDAS), Nívio Perez dos Santos, a ideia é que sejam
oferecidos cursos presenciais e a distância a partir da parceria com a
Receita Federal. O executivo é o coordenador do grupo de trabalho que
estabeleceu a parceria. Ele acredita que, no início do próximo ano, a
estratégia possa ser colocada em prática para os profissionais que atuam
no Porto de Santos.
“Os
despachantes vão participar de uma graduação, que terá a grade definida
por nós, sob orientação da Receita Federal. O curso online será
gratuito, mas o presencial ainda depende de parcerias que vamos firmar
com instituições de ensino”, explicou o presidente do SDAS.
Segundo
o executivo, o curso de aperfeiçoamento profissional funcionará como
uma espécie de mestrado. E as aulas servirão como base para que os
despachantes prestem a prova da Receita Federal que qualifica OEAs.
O
principal objetivo do programa de OEA é facilitar a integração
comercial entre 68 países mais a União Europeia. O certificado é emitido
aos intervenientes da cadeia logística - terminais, importadores,
exportadores, despachantes aduaneiros e armadoras que representam baixo
risco em suas operações e que atendem aos requisitos estipulados pela
Organização Mundial das Aduanas (OMA).
Conforme
o presidente do SDAS, hoje, no Porto de Santos, dos cerca de 1,5 mil
despachantes aduaneiros, apenas 13 obtiveram a certificação OEA. A
expectativa é de que este número salte para 200 profissionais. “É um
acordo mútuo de reconhecimento, uma espécie de chancela de confiança. O
Uruguai, por exemplo, é um dos países que participam. Uma carga
transportada do Uruguai para o Brasil por um OEA entra praticamente sem
conferência”, explicou.
Em
nota, a Receita Federal informou que, “por meio dos cursos, busca-se
alcançar um nível de qualificação profissional mais elevado, com
consequente melhoria da qualidade dos serviços oferecidos pelos
despachantes aduaneiros e seus ajudantes aos importadores e
exportadores, com reflexos positivos no cumprimento das obrigações
tributárias e aduaneiras e na redução de erros e dos tempos necessários à
execução dos procedimentos aduaneiros”. A Federação dos Despachantes Aduaneiros e a Receita Federal ainda estudam outras parcerias.
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