O governo vai listar como prioridade 11 projetos no setor portuário
com investimento combinado de pouco mais de R$ 1,3 bilhão. Serão R$ 400
milhões em quatro novas licitações e cerca de R$ 900 milhões em sete
renovações antecipadas. A lista privilegia projetos que estavam mais
adiantados no Ministério dos Transportes e Antaq, a agência reguladora
do setor. Alguns são da época do Programa de Investimento em Logística
(PIL), da ex-presidente Dilma Rousseff, mas também há novos.
Serão licitados dois lotes no porto de Paranaguá (PR), sendo um para
movimentação de papel e celulose e outro para veículos; um em Itaqui
(MA), também para celulose; e o último em Santana (AP), para cavaco de
madeira. Há áreas tanto greenfield como brownfield. Os contratos serão
válidos por 25 anos renováveis uma vez por igual período. Vence quem der
a maior outorga, a partir de R$ 1,00.
Os estudos ainda terão de passar pelo Tribunal de Contas da União
(TCU) para, então, os editais serem lançados. Mas o governo acredita que
haverá celeridade neste processo, visto que os projetos estão no mesmo
formato de estudos que o órgão aprovou recentemente.
Hoje ocorre a audiência pública presencial em Paranaguá para debater
as minutas jurídicas e técnicas da licitação dos dois terminais no porto
paranaense. Os estudos para a instalação de celulose fixam a
movimentação anual de 900 mil toneladas a partir do 3º ano do contrato,
em uma área de 27.530 metros quadrados. Quem arrematá-la terá de
investir R$ 102,114 milhões e pagar à administração portuária R$
63.720,49 mensais de aluguel pelo uso da área e R$ 2,24 por tonelada
movimentada.
O arrendatário do lote para veículos deverá investir R$ 71,945
milhões e movimentar, no mínimo, 95 mil toneladas/ano a partir do 3º
ano, até chegar a 166 mil toneladas no 25º ano do contrato. A área do
terminal terá 170.200 metros quadrados. O arrendatário pagará à
autoridade portuária R$ 84.616,93 por mês de aluguel e mais R$ 20,58 por
veículo.
As sete renovações antecipadas que somam R$ 900 milhões em
investimentos são da trading Caramuru, em Santos; Tequimar, da
Ultracargo, em Itaqui (MA); Decal, em Suape (PE); Nitshore e Nitport, em
Niterói (RJ); Convicon, em Barcarena, arrendado à Santos Brasil (PA); e
o Terminal Portuário Santa Catarina, em São Francisco do Sul (SC).
Esses contratos têm prevista uma etapa - de até 25 anos, conforme o caso
- ainda não usufruída.
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