As operações de estufagem carregamento
de contêineres nos Recintos Especiais para Despacho Aduaneiro de
Exportação (Redex) do Porto de Santos deverão ser todas monitoradas por
câmeras. E as imagens terão de ficar armazenadas por 90 dias. Além
disso, o transporte das caixas metálicas deverá ser rastreado até os
terminais de embarque. Essas normas serão adotadas pela Receita Federal
para garantir a segurança das operações.
Os Redex são
instalações alfandegadas voltadas à exportação. Nelas, são feitos
serviços de estufagem de contêineres e a entrega das caixas metálicas
aos terminais portuários. Antes das
novas regras serem publicadas, a Alfândega do Porto de Santos receberá,
de empresas do setor, sugestões sobre as normas. Isto porque a Aduana
abriu uma consulta pública para definir as responsabilidades no
transporte de contêineres entre os Redex e os operadores portuários.
As
contribuições devem ser encaminhadas até o próximo dia 12, através da
Associação Brasileira de Terminais Retroportuários e das Empresas
Transportadoras de Contêineres (ABTTC). As
normas que regem este tipo de instalação já são definidas. Mas, diante
das notícias de apreensões de mais de três toneladas de drogas no cais
santista apenas neste ano, a possibilidade de mudança de regras foi
cogitada.
Segundo a Alfândega do Porto de Santos, a ideia é deixar
o final da cadeia de exportação mais seguro. Isto inclui aprimorar a
vigilância dos processos de estufagem e da entrega dos contêineres nos
terminais onde as mercadorias são embarcadas nos navios.
A
Aduana tem como objetivo definir claramente as responsabilidades em
relação ao transporte das caixas metálicas. Assim, com as imagens e o
rastreio das cargas, será possível apontar os culpados pelas tentativas
de tráfico de drogas no Porto.
Para o
presidente da ABTTC, Martin Aron, a consulta pública é uma medida
acertada. Com ela, será possível que as empresas do segmento façam seus
apontamentos e deem suas contribuições. “Nós solicitamos que fosse feita
uma consulta pública dessa medida e que a gente fosse ouvido, para que
elas não conflitem com outras práticas que nós temos”, destacou.
Aron disse que algumas firmas já adotam o monitoramento das operações através de
câmeras, mesmo sem que este procedimento seja uma regra da Receita
Federal. “Eu acredito que essas medidas serão acolhidas e aprimoradas.
Nos próximos dias, chegarão as manifestações das empresas”, destacou.
A
minuta da portaria com as novas regras está à disposição através do
site da entidade empresarial – www.abttc.org.br. Conforme a entidade, as
sugestões deverão ser apresentadas de forma objetiva e fundamentada.
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