As
expectativas apontam para que o Porto de Santos amplie sua movimentação
de contêineres nas próximas três décadas, a partir da melhora da economia brasileira e seu maior desenvolvimento e, ainda, novos avanços tecnológico. E, neste cenário, o cais
santista aumentará a operação de cargas de maior valor agregado, segundo
o diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp), José Alex Oliva.
Para definir os
parâmetros do crescimento previsto para os próximos 28 anos – até 2045 –
foram abertos ontem os trabalhos para a elaboração do Plano Mestre do
complexo marítimo santista. As discussões sobre esse estudo aconteceram
durante a 1ªedição do Seminário sobre Planejamento Portuário, promovido
pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC) na manhã
dessa terça-feira, no Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, no
Porto.
O plano mestre é um
instrumento de planejamento de um porto, com projeções de seu
desenvolvimento e de suas operações. A nova versão irá trabalhar com as
demandas do complexo marítimo para 2045. O trabalho será feito a partir
da parceria entre o MTPAC e a Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC).
“Esperamos cargas com valores
agregados mais representativas, para fortalecer a economia brasileira. É
fundamental o agronegócio, mas ele só não pode ser responsabilizado
pelo crescimento do País. Nós precisamos de tecnologia, melhoria,
produto industrializado, produção e competitividade no mercado externo
e, para isso, nós temos que estar tecnicamente qualificados”, destacou o
diretor-presidente.
Segundo a
coordenadora-geral de Gestão da Informação Portuária do MTPAC, Mariana
Pescatori, a previsão é de que o Plano Mestre do Porto de Santos seja
concluído em setembro. Antes disso, em junho, uma versão inicial do
estudo será apresentada à comunidade portuária.
“A
versão preliminar do plano vai ser publicada no site da SEP (Secretaria
Nacional de Portos) e vamos abrir um prazo para que a comunidade
encaminhe seus comentários. E eles serão todos respondidos e
incorporados, eventualmente, ao documento”, destacou a executiva.
Segundo
Mariana, para se ter uma projeção apurada do complexo até 2045, serão
necessárias entrevistas com a comunidade portuária, que já foram
iniciadas. A partir daí, serão definidas as prioridades do Porto nos
próximos 28 anos.
“A gente calcula a
capacidade do Porto para atender a essa demanda e verifica lacunas, o
que a gente tem de deficit de capacidade. E a partir disso, a gente
define o plano de ação. Ele não está só na área de infraestrutura. Ele
está na área de melhoria da gestão, em questões de meio ambiente,
porto-cidade e ações que devem ser aprimoradas. É uma visão completa de
todas as melhorias que podem acontecer no Porto”, destacou a
coordenadora.
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