Os futuros de cobre e de outros metais básicos se recuperaram na London
Metal Exchange (LME) na manhã desta terça-feira (5), após as bolsas
chinesas encerrarem o dia com perdas bem menores que as de ontem, em
reação a medidas de intervenção do PBoC, como é conhecido o banco
central da China.
Por volta das 9h05min (de Brasília), o cobre
para três meses subia 1% na LME, a US$ 4.655,00 por tonelada, depois de
registrar queda de 2,1% na sessão anterior. O tom era igualmente
positivo na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova Iorque
(Nymex), onde o cobre para março avançava 1,15%, a US$ 2,1035 por
libra-peso, às 9h35min (de Brasília).
O PBoC injetou hoje 130
bilhões de yuans (US$ 19,9 bilhões) em recursos de curto prazo no
sistema financeiro chinês, um dia depois de a Bolsa de Xangai sofrer um
tombo de 6,9%, na esteira de dados fracos sobre a manufatura chinesa e
em meio ao nervosismo que precede o fim iminente de medidas de
emergência adotadas por Pequim há seis meses. O PBoC também interveio no
câmbio para dar sustentação ao yuan. No pregão de hoje, o Xangai Composto fechou com baixa moderada, de 0,3%.
"O
cobre está se recuperando hoje porque autoridades chinesas tomaram uma
série de medidas com o objetivo de injetar liquidez para acalmar a
tempestade no mercado acionário chinês", comentou Boris Mikanikrezai,
analista de metais da Fastmarkets. "Isso teve um impacto positivo
indireto nas commodities."
Temores sobre a saúde econômica da
China, o maior consumidor mundial de metais básicos, foram um fator
primordial para o fraco desempenho do cobre no ano passado. Em 2015, o
metal perdeu cerca de um quarto de seu valor.
Entre outros metais
na LME, o alumínio para três meses tinha alta de 0,7%, a US$ 1.479,50
por tonelada, o zinco ganhava 0,2%, a US$ 1.572,00 por tonelada, o
níquel avançava 1,2%, a US$ 8.605,00 por tonelada, e o chumbo subia
0,2%, a US$ 1.746,00 por tonelada. O pouco negociado estanho era a única
exceção e recuava 0,7%, a US$ 14.330,00 por tonelada.
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