A estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), com a chegada do fim de 2019, é de R$ 617
bilhões (com base nos dados de novembro). Um crescimento de 2,1% em relação ao
valor obtido em 2018, que foi de R$ 604,5 bilhões. Com a nova estimativa, o
valor deste ano se iguala ao VBP de 2017, o maior já registrado e considerado
excepcional para a agropecuária do país.
O resultado de 2019 foi puxado pela melhoria no desempenho da pecuária, que
somou R$ 213,7 bilhões de produção, com acréscimo real de 7,8%. Enquanto que o
valor da produção das lavouras teve ligeira queda em relação ao ano anterior,
totalizando R$ 403,2 bilhões.
"O mercado internacional favorável, onde os preços das carnes
principalmente de frango e de suínos, situaram-se em níveis maiores, e as
quantidades exportadas fizeram com que os resultados atingissem posições
favoráveis ao setor em 2019. Na pecuária, apenas o leite teve queda de valor,
2,1%.
Aumento acentuado ocorreu na carne bovina, 5,1%, carne suína, 12,5%, de
frango, 13,1%, e ovos, 24,1%. A proximidade das celebrações de final de ano no
país, sem dúvida estão estimulando a demanda interna desses produtos",
explica nota técnica do Departamento de Financiamento e Informação, da
Secretaria de Política Agrícola do Ministério.
Conforme as estimativas do VBP dos meses anteriores já apontavam, um grupo de
produtos apresentou bom desempenho este ano, com destaque para o algodão (alta
de 16,6%), amendoim (14,6%), banana (16,6%), batata-inglesa (93,4%), feijão
(55,9%), mamona (36,9%) e milho (24,3%). Já cinco produtos apresentaram queda no faturamento: arroz (-4,9%), café
(-26,9%), cana-de-açúcar (-9,6%), mandioca (-14,1%) e soja (-10,4%).
Entre as regiões do país, o Centro-Oeste permanece na liderança com um valor de
produção de R$ 182,7 bilhões, seguido pelo Sul (R$ 153 bilhões), Sudeste (R$
147,9 bilhões), Nordeste (R$ 57,7 bilhões) e Norte (R$ 37,8 bilhões).
As primeiras estimativas para 2020 indicam um VBP de R$ 635,2 bilhões, 2,1%
superior ao de 2019. "Essa estimativa em grande parte é formada pela
provável recuperação da soja", diz a nota.
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