A TCP – empresa que administra o
Terminal de Contêineres de Paranaguá recebeu nesta terça-feira, 17, uma nova ordem de serviço da APPA
(Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) que atualiza as condições
operacionais, aplicando o Calado Variável por condições de Maré. Além disso, as
condições de navegação diuturnas foram equalizadas, o que torna as janelas
operacionais do Terminal mais flexíveis e resulta em redução de custo para toda
a cadeia logística e produtiva.
A Ordem de Serviço revisou o Capítulo
8 da norma, que estabelece os parâmetros dos navios para tráfego e permanência
nos Portos de Paranaguá e atualizou as condicionantes para acesso ao canal da
Galheta e atracação de navios. Na prática, a nova norma estabelece calado em
maré zero (medida da linha ou superfície da água até a quilha) de 11,30 metros,
representando um aumento mínimo de 40 centímetros por operação.
“A equalização do calado diurno e
noturno no Canal, Bacia e Berços dos Portos do Paraná, era uma reivindicação
antiga e muito relevante para a Cadeia Produtiva que demanda o segundo Sistema
Portuário da América Latina. Sua realização tem impacto muito positivo
para os negócios realizados, fazendo que sejamos um dos primeiros portos
brasileiros aptos a receber os maiores navios que atuam no comércio exterior na
América Latina”, explica Juarez Moraes e Silva, diretor Institucional da TCP.
De acordo com o executivo, isto
aumentará a capacidade de movimentação, reduzindo custos operacionais e dando
maior competitividade ao Comércio Exterior que tem nos Portos do Paraná o seu
canal de conexão Global. “É resultado de um trabalho suportado por Estudos
Técnicos de muito embasamento e alinhamento entre todos os atores envolvidos:
Autoridade Portuária, Marinha do Brasil, através de sua Capitania dos Portos do
Paraná, Praticagem e Terminais Portuários. Como resultado o Porto de
Paranaguá e Antonina, entrega ainda mais produtividade e competitividade com
segurança operacional para o cliente e o armador”, diz.
O executivo da TCP explica que
Paranaguá sempre contou com restrições de navegação por conta das condições
físicas e ambientais. Entretanto, a união de esforços entre os atores
envolvidos diminuiu as restrições operacionais, a partir da dragagem de
manutenção realizada em 2016 e da dragagem de aprofundamento, realizada entre
os anos de 2017 e 2018, garantindo melhores condições operacionais para os
navios e aumentando a segurança na navegação noturna.
Ainda em 2017, o calado operacional
para os navios no período da noite era de 10,6 cenário em que os navios
aguardavam até 24 horas para deixarem Paranaguá com calados máximos. Hoje, com
os novos parâmetros operacionais, a previsão que esse tempo diminua para
números em torno de uma a quatro horas de espera “Agora, o navio não precisa
mais aguardar tanto tempo as condições ideais para sair ou entrar carregado em
Paranaguá”, enfatiza Moraes e Silva.
A atualização das Condicionantes
Específicas para o Canal da Galheta e Atracação de Navios prevê que o calado
máximo de navegação permitido é de 12,5 metros, observando algumas premissas.
De acordo com o documento emitido pela APPA, para a altura de maré zero, o
calado de referência é de 11,3 metros.
Com a definição, navios de até 245
metros de comprimento e 36 metros de boca podem carregar até atingirem calado
de 12,5 metros. Já os navios com até 298 metros de comprimento e 45,2 metros de
boca, podem carregar até atingirem 12,3 metros de calado.
Para os navios entre 299 e 368 metros
de comprimento e até 51 metros de boca, a calado máximo atingido será de 11,8
metros. A expectativa da TCP é que os navios de contêineres saiam de Paranaguá
carregados com no mínimo mais 160 contêineres por operação. Para o ano 2020, a
estimativa é de que isso represente um aumento de 10% na movimentação total da
TCP.
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