segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Governo do Paraguai prende navio de bandeira argentina por violar Lei de Reserva de Carga do país


          Após a denúncia feita pelo Centro de Armadores Fluviais e Marítimos do Paraguai contra a companhia de navegação CONAY, cujo navio de bandeira argentina violaria a Lei de Reserva de Carga que rege o Paraguai, a Prefeitura Naval Geral desse último país prendeu do navio de bandeira argentina "Río Piray Guazú", que gerou grande aborrecimento e surpresa na Argentina.
          O incidente ocorreu em 19 de novembro em circunstâncias nas quais o rebocador de bandeira argentina estava em frente a um trem de barcaça destinado a transportar carga entre os portos paraguaios de Assunção e Pilar e o porto argentino de Santa Fe. Nesse contexto, a Prefeitura Naval do Paraguai emitiu uma resolução pela qual o carregamento de produtos era impedido enquanto o navio era interferido e a liberdade dos 10 membros da tripulação era restrita.
          A medida causou estranheza e indignação no Ministério das Relações Exteriores da Argentina, uma vez que o navio havia sido contratado por uma empresa paraguaia sob o nível baixo das águas do rio Paraguai e considerando-o adequado para uma navegação rasa.
          Antes deste episódio, os sindicatos dos trabalhadores marítimos argentinos não ficaram de fora da disputa e alertaram que, se não terminarem com esse tipo de evento que considera agressões e desigualdades, começarão a executar medidas de "ação direta2 contra a operação de navios paraguaios nas águas Argentina
         O argumento da força militar e policial do Paraguai para prosseguir foi baseado em uma aparente violação do navio argentino da chamada "Lei de Reserva de Carga", um instrumento legal através do qual o Paraguai se reserva o direito de transportar navios de que sinalizam todos os encargos de exportação e importação.
          É o caso de que uma carga depositada no porto de Buenos Aires e cujo destino é o Paraguai, deve ser recolhida pelos navios paraguaios, com os navios de bandeira argentina sendo proibidos de participar desse transporte.

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