No transporte de cabotagem (transporte
entre os portos brasileiros), as operações de contêineres registraram
crescimento de 18,34%, enquanto que no transporte de navegação interior,
cresceram 15,36% em relação a igual período de 2018, implicando em forte
crescimento dessas navegações. Os números são do Estatístico Aquaviário, que é
produzido pela Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho – GEA, da
Agência Nacional de Transportes Aquaviários – Antaq.
Considerando-se todas as cargas,
foram movimentados no conjunto dos portos e terminais de uso privado (TUP)
brasileiros 812 milhões de toneladas, representando queda de 2,26% em relação a
igual período do ano passado. Entre as naturezas de cargas movimentadas, granel
líquido (+4,03%) e conteinerizadas (+3,02%) apresentaram crescimento em relação
a 2018. Já granel sólido e carga geral registraram queda de -5,04% e -3,49%,
respectivamente.
Na movimentação por tipo de navegação,
o longo curso apresentou redução de 3,96% (585 milhões de toneladas) em
comparação a igual período do ano passado, quando foram movimentados nesse tipo
de navegação 609,24 milhões de toneladas. Na contramão do longo curso, a
movimentação geral de cargas nas navegações de cabotagem e em vias interiores
cresceu, no período, 0,97% (173 milhões de toneladas) e 9,95% (50,9 milhões de
toneladas), respectivamente.
Para o gerente de Estatística e
Avaliação de Desempenho da Antaq, Fernando Serra, a queda na movimentação geral
de cargas no período janeiro/setembro de 2019 “ainda reflete os problemas
enfrentados com o recuo nos embarques (exportações) de minério de ferro
registrados ao longo deste ano, devido ao rompimento de barragens de contenção,
além de um período atípico de chuvas intensas no Norte do país, onde estão
concentradas as minas de minério de ferro, o que afetou o fluxo das cargas que
são exportadas pelo Terminal de Ponta da Madeira, no Estado do Maranhão”.
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