O volume de cargas transportado por trens aumentou quase 30% entre os
anos de 2006 e 2016, saltando de 389,113 milhões de toneladas para
503,804 milhões de toneladas. O dado consta do Anuário do Setor Ferroviário, publicação divulgada hoje (18) pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).
Com
dados de desempenho das concessionárias do serviço público de
transporte ferroviário ao longo de uma década, a publicação substituirá
os relatórios anuais e o documento Evolução do Transporte Ferroviário,
que a agência disponibilizava regularmente, na internet.
Segundo a
agência responsável por fiscalizar os serviços prestados pelas
concessionárias e subconcessionárias do setor, só o volume de minério de
ferro transportado aumentou de 281,691 milhões de toneladas para
397,639 milhões de toneladas entre 2006 e 2016. A movimentação de outras
categorias de produtos, como açúcar e carga em contêiner, também
cresceu.
No entanto, em função da crise econômica, nove dos 14
subgrupos de mercadorias analisadas demandaram menos o transporte
ferroviários durante o ano de 2016 do que durante o primeiro ano do
levantamento. É o caso, por exemplo, de adubos e fertilizantes, em que
os 6,232 milhões de toneladas transportadas por trem em 2006 caíram para
4,340 milhões de toneladas, em 2016. Na indústria siderúrgica, a
redução foi ainda maior. Segundo a ANTT, nesse subgrupo, o total
transportado por trens caiu de 21,287 milhões de toneladas para 14,446
milhões de toneladas, no período.
Ao longo dos dez anos
analisados, dez das 13 concessionárias conseguiram reduzir em maior ou
menor grau seus próprios índices de acidentes. Já no tocante à
velocidade média com que as locomotivas se deslocam, quase todas as
concessionárias, a exceção de uma, registraram uma diminuição da
velocidade, o que pode ser explicado pelo maior adensamento urbano,
segundo a ANTT.
Em março deste ano, a Associação Nacional dos
Transportadores Ferroviários (ANTF) já tinha apontado que, mesmo com a
retração econômica dos últimos anos, o transporte de mercadorias por
trens vem crescendo desde o início do processo de concessões de
ferrovias, há cerca de duas décadas.
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