Um mandado de segurança suspendeu a licitação
aberta pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para a
contratação da dragagem de berços do Porto de Santos. A ação foi movida
pela empresa Boskalis do Brasil, que faz parte do consórcio vencedor da
licitação promovida pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação
Civil (MTPAC), para o aprofundamento do cais santista.
Além
da Boskalis do Brasil, o consórcio conta ainda com a Van Oord Operações
Marítimas. As empresas cobraram R$ 373,9 milhões pelo serviço, mas
reduziram a proposta e receberão R$ 369 milhões pela obra. Na
petição, a Boskalis alega que o objeto da licitação em andamento é
igual ao do processo de 2015, vencido pelo consórcio. Isso faz com que
os dois contratos sejam executados na mesma área, no mesmo período, o
que geraria conflito de interesse, segundo uma portaria publicada pela
extinta Secretaria dos Portos (SEP), em 2014.
E
foi baseado nesta regulamentação que o juiz Décio Gabriel Gimenez, da
1ª Vara Federal de Santos, acatou o pedido de liminar da empresa de
dragagem, impugnando o pregão em andamento. A
Codesp garante, por meio de nota, que a suspensão pela Justiça do
processo de licitação “não interfere nos serviços do contrato vigente”.
De acordo com a ação, quando a Autoridade Portuária avaliou o pedido de
impugnação da licitação, justificou que “tão logo iniciados os trabalhos
de dragagem pela vencedora do certame patrocinado pela SEP, este seria
imediatamente rescindido”.
A Docas destaca ainda que “o Porto de Santos não poderá ficar sem tão relevante serviço até que questões burocráticas sejam resolvidas, dada a sua vitalidade à segurança na navegação do Porto”. A Boskalis deve entrar com pedido para que o serviço de dragagem de berço realizado atualmente também seja suspenso.
A Docas destaca ainda que “o Porto de Santos não poderá ficar sem tão relevante serviço até que questões burocráticas sejam resolvidas, dada a sua vitalidade à segurança na navegação do Porto”. A Boskalis deve entrar com pedido para que o serviço de dragagem de berço realizado atualmente também seja suspenso.
Com
os levantamento hidrográfico sendo realizado desde abril e serviços de
batimetria (levantamentos de profundidade), a empresa considera que a
dragagem pode alterar estes estudos para o início dos trabalhos, que
devem começar em até três meses. Além disso, a retirada dos sedimentos
do fundo do mar também podem afetar a produtividade do consórcio e
alterar a proposta comercial inicial.
Atualmente,
a manutenção da profundidade dos berços é realizada pela Dratec
Engenharia. Em março do ano passado, foram investidos R$ 20,9 milhões no
serviço, válido por seis meses. Em
setembro, houve o aditamento por mais um semestre, período que chegou
ao fim no dia 27 de março deste ano e para evitar que o contrato fosse
interrompido, a Autoridade Portuária garantiu a aprovação do seu Conselho
de Administração (Consad) para que o serviço fosse prorrogado mais uma
vez.
O último adiamento do fim do contrato aconteceu em 27 de maio, quando esse prazo foi estendido por mais quatro meses. Ao mesmo tempo, a Docas abriu licitação para contratar garantir serviço a partir de setembro. O volume de sedimentos a serem dragados nos berços foi estimado em torno de 324 mil metros cúbicos, durante seis meses.
O último adiamento do fim do contrato aconteceu em 27 de maio, quando esse prazo foi estendido por mais quatro meses. Ao mesmo tempo, a Docas abriu licitação para contratar garantir serviço a partir de setembro. O volume de sedimentos a serem dragados nos berços foi estimado em torno de 324 mil metros cúbicos, durante seis meses.
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