Com o novo contingenciamento, dessa vez de R$ 7,487 bilhões, o
orçamento para 2017 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
inicialmente de R$ R$ 36,071 bilhões, vai encolher para R$ 19,686
bilhões, queda de 45,3%. Em março, o Ministério do Planejamento já havia
anunciado o congelamento de R$ R$ 10,5 bilhões no principal programa na
área de infraestrutura do país.
Ao divulgar nesta quinta-feira (27) o novo bloqueio orçamentário,
o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que a redução dos
recursos destinados para o PAC não provocará a paralisação de obras. “Em
princípio, isso não deve implicar na suspensão imediata de obra
nenhuma, uma vez que há a perspectiva de que haja uma recomposição
desses recursos ainda no decorrer do ano”, disse.
O ministro
ponderou, no entanto, que o desbloqueio orçamentário depende da
recuperação das contas públicas. “Com esse contingenciamento temporário
haverá um atraso no empenho, mas isso poderá ser recuperado se
conseguirmos reaver as receitas e desfazer, mesmo que parcialmente, esse
contingenciamento”.
A redução dos repasses para o programa
impactou, principalmente, o Ministério das Cidades, órgão responsável
pela maioria das obras do programa. A pasta teve corte de R$ 3,476
bilhões, o maior da Esplanada. Em seguida, aparecem os ministérios da
Defesa (R$ 1,358 bilhões), Transportes (R$ 1.168 bilhõe), Educação (R$
550 milhões), e Integração Nacional (R$ 400 milhões). Os outros
ministérios atingido pelo novo contingenciamento são: Cultura,
Desenvolvimento Social e Agrário, Ciência, Tecnologia, Esporte, Minas e
Energia, Planejamento e Presidência da República.
Ao todo, o novo
contingenciamento será de R$ 5,951 bilhões. Com isso, chega a R$ 44,9
bilhões o total de verbas bloqueadas para 2017 para o cumprimento da
meta fiscal deste ano, que prevê um déficit de R$ 139 bilhões.
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