A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta quinta-feira (13), por
unanimidade, a indicação do diplomata Maurício Lyrio para chefiar a
embaixada brasileira na Cidade do México. Aos senadores, Lyrio afirmou
que Brasil e México vivem um momento muito favorável e as que as
negociações entre os países acerca do acordo de complementação econômica
(ACE-53) seguem “em ritmo acelerado”.
De acordo com o diplomata,
na ampliação do ACE-53, o Brasil pretende ter, na comercialização de
produtos agrícolas, as condições de livre comércio como têm hoje os
Estados Unidos, Canadá e países da União Europeia.
“Temos um
propósito que seria, pelo menos, ampliar o nosso acesso na área
agrícola. No fundo, o propósito brasileiro seria tornar o acesso para
grãos, carnes, lácteos no mercado mexicano mais ou menos o equivalente
ao que têm países como Estados Unidos, Canadá e os países da União
Europeia, que contam, sim, com acordo de livre comércio com o México”.
Segundo
o diplomata, a eleição de Donald Trump e as posições do presidente
norte-americano em relação ao México, dão margem para que o Brasil ganhe
espaço nas trocas comerciais com os mexicanos.
“Há, também, um
contexto internacional que é particularmente complexo do ponto de vista
econômico e do ponto de vista político. Basta olhar, no entorno do
México, a recente eleição que aconteceu num vizinho importante. Essa
característica, eu diria, do sistema internacional, é outro elemento de
incentivo à conjugação de esforços de países como Brasil e México”.
Conforme
dados apresentados por Lyrio aos senadores, o volume do comércio entre
Brasil e México nos anos 2015 e 2016, variou entre US$7 a US$8 bilhões.
Enquanto nos anos de 2012 a 2013, as transações foram de US$10 bilhões.
“Há um potencial não só de recuperação do patamar anterior, de US$10
bilhões, mas de ultrapassagem desse valor”, afirmou o diplomata. Com a aprovação da CRE, a indicação do diplomata Maurício Lyrio segue agora para apreciação do plenário do Senado.
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