A navegação
marítima internacional terá dois encontros este ano para tratar da redução das suas emissões de gases de efeito
estufa. O primeiro deles acontece esta semana na sede da Organização
Marítima Internacional (IMO) em Londres, Reino Unido, onde 172 nações,
ONGs e lobistas da indústria discutem como impedir que as emissões da
navegação subam de 50% a 250% até meados deste século, dependendo do
cenário econômico e do avanço das tecnologias.
A demanda por transporte marítimo aumentou significativamente nas
últimas décadas: navios transportam cerca de 90% do comércio mundial.
As emissões dos gases de efeito estufa do setor tiveram crescimento
igualmente impressionante: 70% desde 1990. Atualmente o setor é
responsável por entre 2% e 3% da emissão global de gases de efeito
estufa.
Se as emissões da navegação fossem reportadas como se fossem de um
único país, o transporte marítimo ocuparia um lugar entre o Japão e a
Alemanha no ranking dos maiores emissores de CO2, respondendo por um
volume maior do é emitido por todos os países da África juntos. Sem um
esforço adicional significativo por parte da indústria marítima, o setor
colocará em risco os compromissos do Acordo de Paris pela manutenção do
aquecimento global bem abaixo dos 2°C sobre os níveis pré-industriais.
Por isso, a IMO pretende lançar em 2018 uma estratégia inicial de
redução de emissões de gases de efeito estufa, muito provavelmente
envolvendo uma trajetória de longo prazo para a redução das emissões de
CO2 e medidas práticas de curto, médio e longo prazos.
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