“A retração da demanda interna fez com que o mercado externo fosse mais importante ainda. Agora, no comércio exterior, é necessário que se tenha uma manutenção, uma regularidade. A expectativa é que o número de empresas brasileiras exportadoras cresça em 2017 e é o que tem acontecido nas exportações”, explicou Árabe Neto, em entrevista a jornalistas, durante o XVI Encontro Santander América Latina, evento organizado pelo banco na capital espanhola.
De janeiro a junho, a balança teve superávit de US$ 36,219 bilhões, o melhor resultado para o período da série histórica, com aumento de 53,1%. Considerando apenas exportações, o montante chegou a US$ 107,714 bilhões, alta de 19,3%, na mesma base de comparação. As importações alcançaram US$ 71,495 bilhões, crescimento de 7,3%.
Do lado da necessidade de reduzir a burocracia e tornar o segmento mais eficiente, o secretário destacou que o Programa Portal Único de Comércio Exterior, nova iniciativa do governo brasileiro para reformular os processos de importação, exportação e trânsito aduaneiro, deve atuar em paralelo ao atual até a metade do ano que vem. Segundo Árabe Neto, 30% das exportações já foram abrangidas e até o final deste ano todas estarão contempladas. Já do lado das importações, a data esperada é 2018.
Trata-se da principal iniciativa de facilitação do comércio no Brasil, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Estudo da FGV citado pelo secretário sinaliza que o Programa deve proporcionar um incremento adicional de 6% a 7% ao ano nas exportações. Além disso, de acordo com a mesma pesquisa, a projeção é de crescimento de quase US$ 24 bilhões no comércio exterior no primeiro ano de vigência do acordo, equivalente a uma expansão adicional de 1,5% no produto interno bruto brasileiro (PIB) e US$ 74,9 bilhões em 14 anos, correspondente a uma alta de cerca de 2,5% no PIB local.
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