“Temos que pegar os embaixadores dos países no Mercosul, temos lá uma embaixadora em Montevidéu que cuida da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração) e do Mercosul, pegar esses embaixadores que representam seus países e eles fazerem um conselho informal para tocar os assuntos”, argumentou o chanceler a jornalistas após encontro com o presidente da Confederação Suíça, Johann Schneider-Ammann.
Representantes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai estão reunidos hoje em Montevidéu para discutir os rumos da presidência do bloco regional. No dia 29 de julho, o Uruguai deu por encerrada sua gestão à frente do Mercosul sem transferir o mandato para um país sucessor. A presidência muda de seis em seis meses, seguindo a ordem alfabética dos países, o que daria o mandato à Venezuela. No entanto, Brasil, Argentina e Paraguai são contrários à sucessão, por causa da situação política do país de Nicolás Maduro.
Na
avaliação de Serra, a ausência de um país na presidência do Mercosul
não atrapalharia as atividades do bloco econômico. “Vamos continuar
tocando, não vai ficar parado. Muita coisa não precisa de presidente
para ir para frente. Se o Mercosul realizasse tudo que já foi acordado,
já teria trabalho suficiente, mas não vai ficar parado”, defendeu ele.
O
ministro reiterou sua avaliação de que a Venezuela não tem condições de
assumir o comando do Mercosul. “A Venezuela não tem condições de
assumir, por um lado porque não cumpriu ainda os requisitos do Mercosul,
segundo porque imagina que o Mercosul deveria funcionar em Caracas. É
inteiramente utópico imaginar essa possibilidade,”criticou o ministro.
Depois que o Uruguai deixou a presidência do bloco, Serra enviou uma carta aos chanceleres dos países do grupo em que diz não reconhecer a Venezuela na presidência do Mercosul. O ministro se reuniu na tarde de hoje com o presidente da Confederação da
Suíça, Johann Schneider-Ammann, e, após o encontro, os dois afirmaram o
interesse em estreitar as relações entre o Mercosul e a Associação
Europeia de Livre Comércio (Efta), formada pela Suíça, Noruega, Islândia
e Liechtenstein. “Estamos de acordo quando queremos que prossiga um acordo de livre comércio entre Mercosul e Efta. A economia suíça depende de atividades internacionais, por isso focamos no Mercosul e em países da América do Sul”, comentou Johann Schneider-Ammann.
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