A consultora marítima Drewry anunciou que mais de 300 navios porta contêineres, com capacidade total de 800 mil teus, equivalentes a 4% da frota mundial foram tirados de circulação até início de julho deste ano, mesmo sendo esse o período em que começa a alta temporada de exportações asiáticas. O fenômeno foi atribuído a redução da atividade comercial em 2016, às baixas tarifas de frete e à escassa demanda que desenham um quadro nada animador para os próximos meses para o transporte global.
Analistas especularam também que armadores podem estar usando a retirada dos navios como estratégia para tentar elevar os fretes para valores mais rentáveis. Além disso, as principais transportadoras internacionais não param de receber novas embarcações, encomendadas nos últimos anos e que acabam por saturar ainda mais o mercado mundial de cargas.
A retenção de navios é insuflada também pelos efeitos provocados pela expansão do Canal do Panamá, que deixou um número considerável de portacontêineres do tipo Panamax fora de circulação. A nova realidade, criada a partir da duplicação da ligação Pacífico-Caribe torna obsoletos navios com capacidade até 3 mil teus, que entram em extinção mesmo em mercados dominados por navios de menor porte.
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