Em mais um dia de volatilidade no mercado doméstico e externo, a
moeda norte-americana voltou a subir e fechou acima da barreira de R$
3,50. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (30) vendido a R$
3,504, com alta de R$ 0,041 (1,2%). A cotação está no maior nível desde 3
de junho de 2016, quando tinha fechado em R$ 3,525.
O dólar voltou a subir depois de duas sessões de queda. Hoje, operou
com valorização durante todo o dia, chegando a R$ 3,507 por volta das
16h30. A divisa encerrou abril com valorização de 6,16%, a maior desde
novembro de 2016, quando Donald Trump venceu as eleições presidenciais
nos Estados Unidos.
O dia também foi de tensão no mercado de ações. O índice Ibovespa, da
Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou a segunda-feira (30) com recuo
de 0,38%, aos 86.116 pontos. Foi a primeira queda em duas sessões. O
indicador, no entanto, acumulou valorização de 0,88% no mês.
O recuo do Ibovespa hoje só não foi maior porque as ações da
Petrobras, as mais negociadas, subiram 0,45% (papéis ordinários, com
direito a voto em assembleia de acionistas) e 1,14% (preferenciais, com
preferência na distribuição de dividendos).
Além das incertezas políticas no Brasil, o mercado foi influenciado
pelo cenário internacional. Na quarta-feira (2), o Federal Reserve
(Fed), Banco Central norte-americano, se reunirá para definir os juros
da maior economia do planeta. Nas últimas semanas, indicações de que a
inflação nos Estados Unidos pode ser maior que o previsto, aumentaram a
demanda por títulos do Tesouro norte-americano, considerados o
investimento mais seguro do mundo.
O fato de a inflação da maior economia do planeta estar em alta
aumenta as possibilidades de que o Fed eleve os juros além do previsto
até o fim do ano. Taxas mais altas em economias avançadas atraem os
investidores internacionais, que retiram o dinheiro de países
emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cotação do dólar.
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