Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Peru, Martín Vizcarra,
demonstraram preocupação com a situação atual da União das Nações
Sul-americanas (Unasul). Nesta sábado (28), Morales e Vizcarra encarregaram
seus chanceleres de buscar consenso no grupo para eleição do novo
secretário-Geral. O bloco vive um momento delicado desde a saída temporária de Brasil, Argentina, Paraguai, Colômbia, Chile e Peru.
Vizcarra disse que o encontro com Morales serviu para pedir um
esforço das chancelarias de Peru e Bolívia para encontrar “uma solução
ao problema atual do grupo”. Já Morales afirmou acreditar em um
consenso. “É uma responsabilidade de nos manter integrados […] Vamos
chegar a um acordo, tenho a esperança”. A Bolívia ocupa a presidência
pró-tempore da Unasul.
A escolha do novo secretário-geral da Unasul está suspensa desde
janeiro de 2017 e foi esse o motivo da saída dos cinco países.
Venezuela, Bolívia, Suriname e Equador vetaram o nome do embaixador José
Octávio Bordón, candidato argentino ao posto. Desde então, não houve
avanços nas negociações por um nome de consenso.
“O que nós fizemos foi um apelo para que possamos superar os impasses
que levaram à paralisia da Unasul. Há mais de ano estamos sem
secretário-geral. É um desperdício de oportunidades de integração. Um
desperdício de dinheiro, porque são muitos funcionários e é um prédio
magnífico. Mas não está sendo utilizado”, disse o chanceler do Brasil, Aloysio Nunes, em um evento, na última terça-feira (24). A Unasul foi criada em 2008 com o objetivo de fortalecer as relações comerciais, culturais, políticas e sociais da região. (imagens do centro financeiro de Lima, capital do Peru)
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