Apesar de a economia mundial apresentar sinais favoráveis de
crescimento, a estabilidade financeira global enfrentará obstáculos e
permanecerá vulnerável no curto, médio e longo prazos devido à
volatilidade do mercado de ações (curto prazo). A médio prazo, há risco
para a estabilidade do sistema financeiro, e no longo, riscos elevados
de desaceleração. As informações são parte do Relatório Global de
Estabilidade Financeira (GFSR, sigla em inglês), divulgado hoje (18)
pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O relatório mostrou três áreas de vulnerabilidade. "enfraquecimento
da qualidade de crédito; instabilidades relacionadas à dívida externa em
mercados emergentes e países de baixa renda; e descasamentos de
liquidez em dólar entre bancos fora dos Estados Unidos. Vamos considerar
cada um por sua vez", diz o texto.
Para países emergentes, o prognóstico do estudo é "um panorama de
condições financeiras positivas externas", que deverá ser aproveitado
oportunamente para "aprimorar suas políticas de regulação financeira
para estabilidade monetária". O cenário geopolítico instável do ponto de vista político e comercial
também é um fator preocupante para investidores. O FMI recomenda que
atores políticos aproveitem o momento favorável para tomar medidas que
reduzam os riscos, sobretudo no caso de emergentes (categoria em que o
Brasil se encaixa). Para estes países a recomendação do fundo é
"fortalecer os fundamentos econômicos e amortecer os choques externos".
No caso de economias avançadas, países desenvolvidos a recomendação é
"desenvolver suas ferramentas de política regulatória e financeira; e
seguir os planos para fortalecer as instituições financeiras". Segundo o estudo, as baixas taxas de juros, adotadas para promover o
crescimento econômico em vários países, acabaram alimentando como efeito
secundário, um ambiente no vulnerável e volátil do ponto de vista
financeiro. Por isso o desafio é trabalhar "estas vulnerabilidades" para
que os países estejam preparados para crises econômicas.
De acordo o FMI é preciso ajustar aspectos econômicos e financeiros,
para evitar contratempos e problemas futuros. O texto cita como exemplo,
que o aumento mais rápido do que o previsto na inflação dos Estados
Unidos, pode fazer com que os Esse crescimento inflacional poderia fazer
como que bancos centrais retirem a acomodação monetária (oferta de
moeda), para equilibrar preços de produtos e serviços.
Para controlar o risco de alta inflação, puxada por preços de
produtos e serviços, reguladores financeiros podem controlar a oferta
monetária, e consequentemente a inflação. Contudo, este tipo de ação
acaba abalando o próprio mercado financeiro e gerando instabilidade no
sistema global.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de
crescimento do Brasil para 2,3% em 2018 e 2,5% em 2019. As projeções
fazem parte do relatório Panorama da Economia Mundial, publicado hoje
(17), e representam 0,4 ponto percentual a mais do que as do último
relatório, que havia sido divulgado em janeiro.
Os números foram
impulsionados pelo aumento do investimento e do consumo privado no país.
Para 2017, no entanto, o fundo revisou para baixo o crescimento do país
para 1%. O último relatório mostrava crescimento de 1,1%. Ontem (17) o FMI elevou a projeção de crescimento do Brasil para 2,3%
em 2018 e 2,5% em 2019, em estimativa divulgada pelo relatório Panorama
da Economia Mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário